segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

 DICA DE SAÚDE DA SEMANA


IDENTIFICANDO A PUBERDADE PRECOCE.


A puberdade precoce ocorre mais em meninas do que em meninos; sendo os sintomas nas meninas mais perceptíveis, principalmente pelo fato da primeira menstruação (menarca), ser um sinal que não passa despercebido. A puberdade se dá através da comunicação entre as gônadas (glândulas sexuais) – ovários (meninas) e testículos (meninos); e a hipófise (glândula no cérebro que regula várias funções no organismo). A puberdade precoce ocorre por alterações nessas glândulas. A hipófise libera os hormônios que irão estimular as gônadas a produzirem os hormônios sexuais: estrógeno, progesterona e testosterona. A testosterona é comum em ambos os sexos (em quantidades diferentes), já o estrógeno e a progesterona são hormônios exclusivamente femininos. Cada hormônio age modificando o corpo de diferentes formas; assim, a puberdade (precoce ou não) apresentará sinais diferentes entre meninas e meninos.

- Nas meninas: Apesar da menstruação ser um sinal óbvio, não é o primeiro. A puberdade nas meninas começa entre 8 e 13 anos, com o surgimento do broto mamário (crescimento inicial dos seios). Seis meses após, começam a aparecer os pêlos pubianos e axilares, só então depois, a menstruação. Quando o aparecimento dos pêlos pubianos ocorre antes dos 8 anos, deve-se ficar alerta. O ideal é diagnosticar o problema nesse estágio, antes da menstruação, para maiores chances de tratamento adequado.

- Nos meninos: Eles não têm mudanças físicas tão drásticas e o começo da puberdade é mais discreto; envolvendo primeiramente o aumento do volume dos testículos a partir dos 9 anos, podendo ocorrer até os 14. Entre seis a doze meses depois começam a crescer os pêlos pubianos e um tempo depois, os axilares e da barba. Junto a isso, há o desenvolvimento do pênis. O aumento do volume dos testículos antes dos 9 anos é o principal marcador da puberdade precoce (raramente é percebido pelos pais).

O diagnóstico é feito através da história clínica, exame físico e exames complementares (hormonais e de imagens como a radiografia da idade óssea, ultrassonografia, tomografia e ressonância do crânio). O diagnóstico é individualizado e os exames são direcionados conforme cada caso. Para o tratamento, são usadas medicações com finalidade de regressão e estabilização puberal, aplicadas pela via intramuscular de modo mensal. Em casos que haja necessidade, pode ser feita a retirada de um tumor (se existir). O tratamento é importante para evitar transtornos psicológicos e comportamentos sexuais, como gravidez precoce; além de melhorar a altura final, já que na puberdade precoce, há uma maturação óssea acelerada que geralmente leva à baixa estatura.

Enfermeira Rebeca Varela Revorêdo Sinedino



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