Quanto de gentileza é necessário para deixar o mundo melhor?
Uma vez perguntaram o que acontece quando as pessoas boas sofrem. E a resposta é que elas se tornam melhores.
Não importa, ser gentil é ouro em dias adversos. A gentileza demonstra
uma força que poucas pessoas têm, a serenidade. Não é fácil permanecer
tranquilo quando o barco está à deriva, quando perdemos o senso de direção, do
tempo e do futuro. Mas é muito pior, quando os sobreviventes deste barco
decidem agredir uns aos outros como se o sol ou o sal não fossem naturalmente
devastadores.
É neste contexto que a gentileza pode salvar uma vida. Às vezes, em nome
da sinceridade, jogamos sal nas feridas alheias. Mas em nome da humanidade,
podemos trazer bálsamo às feridas abertas que sangram. Isto é gentileza. É ser
cura, e não doença. É ser resposta e não problema.
Para que ser gentil em mundo tão bruto como este? Uma vez
perguntaram o que acontece quando as pessoas boas sofrem. E a resposta é que
elas se tornam melhores.
Ser gentil não é um trator que se empurra, mas é um frasco de
perfume sem tampa, que só por estar aberto torna o mundo mais perfumado.
Ser gentil é a dádiva inesperada que ganha aquele que a recebe,
mas principalmente, ganha mais aquele que a tem. A gentileza para com o bruto,
para com o ansioso, para com o perdido é a mesma que faz aquietar rápido o
próprio coração.
A gentileza é paz que excede entendimento, interna e
inalienável, saindo em forma de música através dos pequenos gestos humanos.
Enquanto houver gentileza, há esperança para nós todos neste barco, que parece
estar à deriva, mas que um dia encontrará terra firme.
Seja gentil. Seja cura. Seja resposta.
Por Saulo
Porto, teólogo e pastor, missionário da Missão Mãos Estendidas
em Portugal e África, professor de Cosmovisão Bíblica na Jocum e estudante de
Psicologia na Universidade do Algarve. Casado com Juliana, com quem tem duas
filhas, Alice e Nadine.
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