segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ SABE O QUE É BICO DE PAPAGAIO?


O bico de papagaio é um nome popular para a osteofitose, um problema muito comum após os quarenta anos de vida, que consiste na formação de osteófitos na coluna vertebral. Os osteófitos são uma espécie de saliência que surgem no contorno dos discos intervertebrais, levando à degeneração óssea, assim como provocando uma inflamação local e sistêmica, além do acúmulo de íons de cálcio nos locais inflamados. 

Sendo assim, o bico de papagaio consiste em uma saliência óssea ao redor do disco intervertebral e faz parte da defesa do organismo. Essas saliências são totalmente visíveis em um exame de radiografia da coluna vertebral. A formação dos osteófitos é parte do envelhecimento humano, portanto as principais causas, na maioria das vezes estão associadas a esse processo. Dentre as causas principais estão: alcoolismo, tabagismo, estresse, medos, mal humor, sedentarismo e dieta rica em carboidratos, gorduras saturadas e açúcares refinados. 

Causas menos comuns podem ser fatores genéticos e doenças autoimunes como lúpus, artrite e esclerodermia, assim como doenças infecciosas como sarcoidose e tuberculose e tumores de crescimento lento, benignos ou malignos. O sintoma mais comum da osteofitose é a dor decorrente da inflamação existente. Ao passar do tempo e com o agravamento da doença, pode surgir a claudicação (dificuldade de caminhar). Os sintomas são resultado do estreitamento do canal vertebral pelos osteófitos (estenose do canal lombar). 

Alguns exames que podem auxiliar no diagnóstico são: radiografica da coluna, cintilografia óssea, tomografia, ressonância e eletroneuromiografia. Atualmente o bico de papagaio é tratado com uso de anti-inflamatórios e estimulantes da produção de cartilagem. Há medidas terapêuticas que também podem auxiliar no combate à dor, como acupuntura, fisioterapia e homeopatia; contudo elas devem evoluir, ao longo do tempo, para medidas como cirurgias minimamente invasivas, tratamento com laser e radiofrequência. 

Para prevenção desse mal é importante um processo de reeducação e aquisição de novos conceitos, como prática regular de atividade física, mudança nos hábitos alimentares e ingestão adequada de água. A segredo para ter sucesso diante disso é identificar precocemente fatores agravantes e adotar as medidas compatíveis para cada caso para assim, conduzir uma abordagem médica correta.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



Nenhum comentário:

Postar um comentário