segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

PERICARDITE


O pericárdio consiste em um tipo de bolsa que protege e envolve o coração. Tem o objetivo de manter o coração na posição adequada, não permitindo que ele fique cheio de sangue além de sua capacidade. Há dois tipos de pericárdio: fibroso e seroso, sendo composto por duas faces: parietal e visceral. 

Entre os tipos e as faces existem espaços virtuais que são preenchidos por um líquido lubrificante, evitando assim atritos. Sendo assim, a pericardite é a inflamação do pericárdio.  Existem algumas causas principais para seu acontecimento, como doenças autoimunes, como lúpus, infecções por bactérias, vírus ou fungos, metástases, hipotireoidismo, febre reumática, tuberculose, infarto, insuficiência renal crônica, lesões ou traumas torácicos, radioterapia na região do tórax, como também efeitos colaterais provenientes de alguns medicamentos. 

Sua causa pode ser indeterminada em muitos casos, quando isso ocorre é conhecida como pericardite idiopática. Esse problema pode ser agudo, quando ocorre uma inflamação repentina e dura cerca de duas semanas, e pode ser crônico quando apresenta início gradual e persiste por um tempo maior. Os principais sintomas da pericardite são dor torácica aguda e contínua (pode irradiar para o ombro esquerdo e para o pescoço), ansiedade, fadiga, dificuldade respiratória, tosse seca e febre. O diagnóstico tem início ainda no consultório médico através de um breve questionamento sobre histórico clínico do paciente e um exame físico geral com auscultas cardíaca e pulmonar. 

O médico pode solicitar alguns exames que auxiliam no diagnóstico, por exemplo, radiografia de tórax, ressonância magnética, ecocardiograma, eletrocardiograma, tomografia computadorizada cardíaca, além de um hemograma completo. Os casos menos graves geralmente são tratados com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Caso o paciente não apresente nenhuma complicação, poderá realizar o tratamento em casa, evitando esforços. 

Os casos mais agravantes onde pode até ocorrer derrame do pericárdio ou aqueles pacientes com alguma outra patologia grave, devem ser internados para realizar o tratamento. Infelizmente não é possível prevenir a ocorrência da pericardite, entretanto pode-se ficar atento aos sinais e sintomas para procurar ajuda médica o mais precocemente possível, evitando assim as complicações.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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