Muitas vezes pensamos que ser “escolhido” por Deus está ligado ao quanto
recebemos d’Ele: dons, bênçãos, milagres e realizações. Mas a Bíblia nos mostra
que o verdadeiro chamado não está no quanto temos de Deus, mas no quanto Ele
tem de nós.
O amor e a graça do Senhor estão disponíveis a toda criação, mas os
escolhidos são aqueles que decidem viver em entrega, permitindo que o Pai
receba de suas vidas, sacrifícios de obediência, amor e fidelidade.
Entregar
“Rogo-vos,
pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
Romanos 12:1 (ACF)
Deus já nos abençoou com a vida, com a salvação em Cristo e com Seu
Espírito. Mas ser escolhido é mais do que receber: é apresentar a vida como
oferta a Ele.
O verdadeiro diferencial está em escolher viver para que Ele tenha
liberdade sobre nós. O Senhor não busca apenas mãos estendidas para pedir, mas
corações dispostos a se renderem em amor, de forma completa.
Ser escolhido não é sobre privilégios e benefícios, mas sobre
responsabilidade. É decidir todos os dias abrir mão do controle e deixar que a
vontade de Deus conduza cada passo. É viver não mais para nós mesmos, mas para
aqu’Ele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
Sacrifícios
que agradam
“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um
coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.”
Salmos 51:17 (NVI)
No Antigo Testamento, os
sacrifícios eram ofertas físicas apresentadas no templo. Mas em Cristo,
aprendemos que o que Deus deseja de nós é o coração quebrantado e sincero.
Ele não nos escolhe porque
temos muito para dar, mas porque nos dispomos a entregar o que temos, mesmo que
pareça pouco.
O Senhor escolhe os que abrem
mão de seu orgulho, que O adoram em espírito e em verdade, e que vivem em
arrependimento diário. Esse é o verdadeiro sacrifício que O agrada. Não é o
tamanho da oferta que nos torna escolhidos, mas a profundidade da entrega.
A graça está disponível a
todos, mas aqueles que se rendem, deixando Deus tomar seus corações, são os que
Ele separa como Seus. O que diferencia os escolhidos é a disposição em abrir
mão da própria vontade para viver a vontade do Pai.
Quanto Ele
tem de você?
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de
Deus, que me amou e se entregou por mim.”
Gálatas 2:20 (NVI)
Podemos passar a vida
acumulando conhecimentos bíblicos, experiências espirituais e bênçãos, mas
isso, por si só, não define se somos escolhidos. A palavra está disponível para
todos. O que realmente importa é se Cristo tem totalidade em nós. É se, através
da palavra, estamos sendo transformados. Paulo entendia isso ao declarar que
não vivia mais para si, e sim para Cristo.
O Evangelho não é apenas sobre
receber de Deus, mas sobre ser d’Ele por completo. Os escolhidos são aqueles
que se esvaziam de si mesmos para que Deus os preencha totalmente. Ele não mede
nossa vida pelo quanto tomamos de Sua graça, mas pelo quanto nos rendemos ao
Seu senhorio.
Ele só recebe a oração, o sacrifício, só opera milagres e trabalha
através daquele que é escolhido, daquele que se rende em adoração.
Devemos abrir espaço para que Deus governe nossos pensamentos,
sentimentos e ações. A verdadeira eleição de Deus se manifesta quando, mais do
que buscamos receber, decidimos ser inteiramente d’Ele.
Fonte: https://bibliajfa.com.br/
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