“Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela
prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram?
Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem
agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?”
Gálatas 3:2,3 (NVI)
Quantas vezes condicionamos nosso relacionamento com Deus a
circunstâncias terrenas? Dizemos que o buscamos em primeiro lugar, mas, no
fundo, vivemos como se precisássemos de certas conquistas para realmente nos
aproximarmos d’Ele. Gálatas 3:2 nos confronta com uma pergunta essencial:
recebemos o Espírito pelas obras ou pela fé? Toda hora é hora de reavaliar onde
está o nosso coração.
Além das condições
“Mas,
buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.”
Mateus 6:33 (ACF)
Muitas vezes dizemos que o mais importante é Deus, mas na prática
deixamos para buscá-Lo quando “a vida estiver em ordem”. Quando tivermos uma
casa mais confortável, um emprego melhor ou uma rotina mais tranquila.
Condicionamos nossa comunhão com o Pai a uma estabilidade terrena, como se Ele
dependesse disso para estar perto de nós.
Como se tudo fosse a base de Deus e Ele não fosse a base de nada.
O Reino de Deus não está
limitado às circunstâncias. Deus não se manifesta apenas em templos luxuosos ou
na paz de um lar bem estruturado. Ele está conosco também na simplicidade, na
luta, no caos e no silêncio. A fé que agrada a Deus é aquela que o busca em
qualquer estação da vida.
É preciso coragem para buscar a
Deus sem desculpas. Quando priorizamos o Reino acima das “condições ideais”,
descobrimos que Ele já está presente, pronto para nos transformar,
independentemente do cenário. Assim, queimamos as carroças da vaidade, do conforto
e da procrastinação, e nos rendemos ao que é eterno.
Queimando a
autossuficiência
“Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o
propósito do Senhor.”
Provérbios 19:21 (NVI)
O povo de Deus, ao atravessar o
Jordão rumo à Terra Prometida, foi instruído a deixar certas coisas para trás,
suas carroças e estratégias humanas. Deus queria que confiassem inteiramente
n’Ele. Da mesma forma, hoje somos convidados a queimar as carroças que
representam nossos próprios métodos, controles e vontades.
Não é o nosso estilo de vida
que move o céu, mas uma fé genuína o atrai. Quando transformamos nossa
espiritualidade em uma troca, prometendo para nós mesmos que buscaremos a Deus
depois que conquistarmos algo, nos afastamos do propósito. Deus não é moeda de
troca para nossos sonhos. Ele precisa ser o primeiro e mais importante passo.
Todo o restante deve ser secundário.
Queimar as carroças é
reconhecer que o controle está nas mãos d’Ele. É abrir mão das muletas
emocionais, materiais e sociais que usamos como desculpa para não mergulharmos
mais fundo. Só assim seremos livres para caminhar na plenitude do propósito
divino.
Receber pelo
Espírito e viver pela fé
“O justo viverá pela fé”
Romanos 1:17 (NVI)
Nós recebemos o Espírito pela
fé, não por mérito. E, se começamos pela fé, por que insistimos em seguir por
meio de obras, comparações ou conquistas humanas? A vida cristã é um processo
de contínua entrega, onde trocamos o que é passageiro por aquilo que é eterno.
Deus nos chama para viver de
forma sobrenatural, confiando não em estruturas, mas em promessas. A fé não
depende de cenário, depende de confiança. E essa confiança nos leva a adorá-Lo
não pelo que temos, mas por Quem Ele é. Nossas bênçãos não são pagamento por
bom comportamento, mas expressão da graça infinita do Pai.
O mesmo Deus que iniciou a boa obra em nós, a completará. E essa obra
começou não quando conquistamos algo externo, mas quando cremos. Ele já nos deu
tudo! Sua presença, Seu Espírito e Sua salvação. Isso basta.
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