segunda-feira, 14 de junho de 2021

DICA DE SAÚDE DA SEMANA


DIFTERIA: FIQUE ATENTO!


Causada por uma bactéria e também conhecida como crupe, a difteria é uma infecção que pode ser transmitida através do contato físico e respiratório. Essa doença leva à formação de placas amareladas, normalmente nas amígdalas, assim como no nariz e na laringe. Também pode provocar um edema (inchaço) no pescoço, levando ao aumento dos gânglios linfáticos (casos mais graves); gerando assim, uma dificuldade respiratória ou até mesmo o bloqueio da respiração. Com o surgimento das vacinas tríplice bacteriana e pentavalente, os casos de difteria tornaram-se mais raros no Brasil.

Para a transmissão, o principal reservatório da bactéria é o próprio portador (pessoa com a bactéria, porém sem sintomas). As vias respiratórias superiores e a pele são os principias locais que em a bactéria se localiza. A transmissão ocorre por meio do contato direto com a pessoa infectada, através das gotículas da secreção respiratória, eliminadas pela fala, espirro ou tosse. Há casos mais raros, com transmissão pela contaminação de objetos pessoais, os quais absorvem e transportam os micro-organismos. Normalmente a pessoa infectada só começa a apresentar os sintomas cerca de 1 a 6 dias após o contato com a bactéria, entretanto pode demorar mais tempo, de acordo com cada caso. O paciente infectado pode transmitir a doença até duas semanas após o começo dos sintomas, porém após o início do tratamento, as bactérias são eliminadas. 

Qualquer indivíduo pode ser contaminado por essa doença, contudo existem grupos de maior risco para o desenvolvimento da difteria: crianças e adultos que não foram vacinados; pessoas que moram em locais em condições de superlotação ou em ambientes insalubres; pessoas que viajam para locais endêmicos.

Os sintomas mais comuns da difteria são: dor de garganta, rouquidão, gânglios aumentados na região do pescoço, membrana grossa na garganta e amígdalas, corrimento nasal, febre, calafrios, dificuldade respiratória e mal-estar. É importante lembrar que os sintomas podem variar de acordo com cada caso. Na difteria cutânea, úlceras cobertas por uma membrana acinzentada podem se desenvolver na pele. 

O diagnóstico é dado baseado no exame físico. O médico pode solicitar também um exame de cultura, colhendo amostras da inflamação da pele ou da garganta. Caso não seja tratada, a difteria pode levar ao edema dos linfonodos da garganta, obstruindo assim, a respiração, consequentemente levando à morte. Além disso, a toxina que é sintetizada pela bactéria pode causar problemas neurológicos e/ou cardíacos.

A prevenção é realizada através da vacinação (tríplice bacteriana ou pentavalente). A tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche - pertussis acelular) é indicada para crianças com até 7 anos. Após isso, deve ser administrada a dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto). A pentavalente é indicada para imunização ativa das crianças a partir dos 2 meses de vida (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças provocadas por Haemophilus influenzae do tipo b). Essas vacinas estão disponíveis no calendário oficial do Ministério da Saúde. 

Fique atento aos sintomas e caso não esteja imunizado, procure um posto de vacinação para pôr seu calendário vacinal em dia.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino




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