segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ SABE O QUE É CATALEPSIA?


Desde o século XIX, já eram registrados casos de pessoas enterradas vivas; na verdade essas pessoas sofriam de catalepsia. Infelizmente essa patologia ainda não era conhecida devido à falta de conhecimento clínico e técnico para o diagnóstico. 

A catalepsia consiste em uma condição transitória em que o paciente perde a capacidade de movimentar seus membros e sua cabeça, além de perder a capacidade da fala. Como a catalepsia também afeta a respiração, muitas vezes é confundida com a morte. Geralmente um episódio de catalepsia dura cerca de 1 a 10 minutos, mas existem casos em que pode chegar a durar alguns dias. 

Essa doença geralmente é desencadeada devido à excitação emocional. A incapacidade de regulação do sono e do estado de vigília atinge diretamente os movimentos. Há uma perda natural do tônus muscular durante o estágio do sono chamado de REM (rapid eye movement - movimento rápido dos olhos), entretanto na catalepsia isso ocorre de forma ab-rupta durante o dia, provocando uma paralisia total no paciente. Cada paciente responde aos ataques de um forma, podendo haver uma breve sensação de fraqueza até mesmo um colapso físico total. Diferente da catalepsia, a narcolepsia envolve sonolência excessiva durante o dia, alucinações e sono REM. 

Enquanto a narcolepsia é uma doença rara, a catalepsia é um fenômeno normal no paciente que sofre de privação de sono, sono irregular e/ou faz uso de álcool e drogas. Existem dois tipos de catalepsia: a patológica e a projetiva. A patológica tem os sintomas relacionados a alguma doença, como depressão, esquizofrenia e alcoolismo. A projetiva também pode ser chamada de paralisia do sono, ocorrendo como um fenômeno natural, benigno e temporário.

As causas ainda são desconhecidas, e ela pode ocorrer em episódios isolados ou associada à privação do sono, estresse, álcool e drogas. Algumas condições aumentam o risco de desenvolver essa doença, como alimentação muito farta à noite, uso de bebidas alcoólicas à noite, bebidas estimulantes, atividades intensas noturnas e o estresse. O diagnóstico da catalepsia se baseia nos sintomas apresentados pelo paciente. Exames podem ser necessários apenas para excluir outros diagnósticos como a epilepsia, por exemplo. 

O tratamento requer uso de antidepressivos ou agentes hipnóticos que ajudam na consolidação do sono. Contudo, a forma mais adequada de tratar esse problema é mantendo o sono regular e evitando sua privação. A catalepsia não apresenta cura pois é um fenômeno natural, entretanto o uso de medicamentos e as adaptações no estilo de vida conseguem controlar os sintomas.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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