segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

MIELOMA MÚLTIPLO


Mieloma múltiplo consiste em um tipo de câncer que afeta a medula óssea; esse quadro se dá devido ao aumento no número dos plasmócitos, que são um tipo celular produtor de imunoglobina (proteína do sistema de defesa do nosso organismo). Os plasmócitos tem o objetivo de produzir e liberar proteínas específicas, chamadas de imunoglobinas; elas auxiliam na eliminação de agentes que provocam infecções. 

Quando um grupo de plasmócitos começa a se multiplicar e crescer de forma desordenada, pode levar ao comprometimento do bom funcionamento da medula óssea, consequentemente leva a uma produção anormal das células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas). Dessa forma, os problemas causados afetam os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem das hemácias, levando à anemia, também pode provocar infecções.  

O mieloma múltiplo ocorre mais frequentemente em idosos (pessoas acima de 65 anos de idade); alguns casos raros atingem pessoas com menos de 40 anos. Mesmo sem saber a causa exata do mieloma múltiplo, estudos mostram que o processo começa com o plasmócito que se multiplica de maneira anormal. Essas anormalidades genéticas contribuem para o desenvolvimento do câncer. 

As células cancerígenas não amadurecem; se acumulam e podem sobrecarregar a produção das células saudáveis. Os fatores de risco para que o mieloma ocorra são: ter idade avançada (maior que 65 anos), ser do sexo masculino, ser negro, ter histórico familiar. Quando está ainda no começo, essa doença pode se apresentar assintomática, mas de acordo com a progressão, as células plasmáticas ficam acumuladas nos ossos e podem apresentar sintomas como: dores fortes, fraqueza, cansaço, perda de peso, problemas renais, confusão, excesso de sede e infecções. 

Para o diagnóstico são importantes os exames de sangue, que se mostram alterados, geralmente apresentando hipercalcemia (aumento do cálcio), creatina elevada, altos índices de proteína e baixo nível de albumina, além de anemia. Em alguns casos pode ser necessária a realização de uma biópsia da medula óssea ou um mielograma. Exames de imagem (tomografia, ressonância, radiografia, PET-CT) também podem auxiliar o médico a dar o diagnóstico. 

Para o médico realmente fechar o diagnóstico de mieloma múltiplo, o paciente precisa apresentar um tumor de células plasmáticas, chamado de plasmocitoma, que é comprovado através da biópsia ou ter 10% ou mais de plasmócitos presentes na medula óssea. O mieloma não tem cura, entretanto com um tratamento adequado é possível conviver com a doença e ter uma vida normal. O tratamento visa amenizar os sintomas e evitar complicações, retardando o progresso da doença. 

Os tratamentos locais podem incluir cirurgia e radioterapia; geralmente são usados para cânceres em estágio inicial. Os tratamentos sistêmicos podem incluir medicamentos orais ou intravenosos. Dependendo do estadiamento da doença e se o paciente é candidato a um transplante de medula óssea, outros tipos de tratamento podem ser associados. A sobrevida dos pacientes portadores de mieloma múltiplo depende da idade do paciente, assim como do estágio da doença. Infelizmente essa doença não pode ser prevenida, contudo um diagnóstico precoce previne complicações, fornecendo uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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