DICA DE SAÚDE DA SEMANA
MIELOMA MÚLTIPLO
Mieloma
múltiplo consiste em um tipo de câncer que afeta a medula óssea; esse
quadro se dá devido ao aumento no número dos plasmócitos, que são um
tipo celular produtor de imunoglobina (proteína do sistema de defesa do
nosso organismo). Os plasmócitos tem o objetivo de produzir e liberar
proteínas específicas, chamadas de imunoglobinas; elas auxiliam na
eliminação de agentes que provocam infecções.
Quando um grupo de
plasmócitos começa a se multiplicar e crescer de forma desordenada, pode
levar ao comprometimento do bom funcionamento da medula óssea,
consequentemente leva a uma produção anormal das células sanguíneas
(hemácias, leucócitos e plaquetas). Dessa forma, os problemas causados
afetam os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem das
hemácias, levando à anemia, também pode provocar infecções.
O mieloma
múltiplo ocorre mais frequentemente em idosos (pessoas acima de 65 anos
de idade); alguns casos raros atingem pessoas com menos de 40 anos.
Mesmo sem saber a causa exata do mieloma múltiplo, estudos mostram que o
processo começa com o plasmócito que se multiplica de maneira anormal.
Essas anormalidades genéticas contribuem para o desenvolvimento do
câncer.
As células cancerígenas não amadurecem; se acumulam e podem
sobrecarregar a produção das células saudáveis. Os fatores de risco para
que o mieloma ocorra são: ter idade avançada (maior que 65 anos), ser
do sexo masculino, ser negro, ter histórico familiar. Quando está ainda
no começo, essa doença pode se apresentar assintomática, mas de acordo
com a progressão, as células plasmáticas ficam acumuladas nos ossos e
podem apresentar sintomas como: dores fortes, fraqueza, cansaço, perda
de peso, problemas renais, confusão, excesso de sede e infecções.
Para o
diagnóstico são importantes os exames de sangue, que se mostram
alterados, geralmente apresentando hipercalcemia (aumento do cálcio),
creatina elevada, altos índices de proteína e baixo nível de albumina,
além de anemia. Em alguns casos pode ser necessária a realização de uma
biópsia da medula óssea ou um mielograma. Exames de imagem (tomografia,
ressonância, radiografia, PET-CT) também podem auxiliar o médico a dar o
diagnóstico.
Para o médico realmente fechar o diagnóstico de mieloma
múltiplo, o paciente precisa apresentar um tumor de células plasmáticas,
chamado de plasmocitoma, que é comprovado através da biópsia ou ter 10%
ou mais de plasmócitos presentes na medula óssea. O mieloma não tem
cura, entretanto com um tratamento adequado é possível conviver com a
doença e ter uma vida normal. O tratamento visa amenizar os sintomas e
evitar complicações, retardando o progresso da doença.
Os tratamentos
locais podem incluir cirurgia e radioterapia; geralmente são usados para
cânceres em estágio inicial. Os tratamentos sistêmicos podem incluir
medicamentos orais ou intravenosos. Dependendo do estadiamento da doença
e se o paciente é candidato a um transplante de medula óssea, outros
tipos de tratamento podem ser associados. A sobrevida dos pacientes
portadores de mieloma múltiplo depende da idade do paciente, assim como
do estágio da doença. Infelizmente essa doença não pode ser prevenida,
contudo um diagnóstico precoce previne complicações, fornecendo uma
melhor qualidade de vida ao paciente.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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