segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ CONHECE A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA?


Também conhecida por ELA, Doença de Charcot ou Doença de Lou Gehrig, consiste em uma doença degenerativa do sistema nervoso que provoca uma paralisia motora de forma progressiva e irreversível, limitando bastante o paciente. Estudos mostram que em 10% dos casos essa doença é proveniente de um defeito genético, os outros casos têm causa desconhecida. 

Entretanto algumas causas podem estar associadas a esse evento: mutação genética, doença autoimune, desequilíbrio químico (altos níveis de glutamato) e mau uso das proteínas. Essa doença faz com que os neurônios se desgastem e morram sem conseguir dar os comandos aos músculos; provocando assim o enfraquecimento muscular e contrações involuntárias. A doença provoca uma perda gradual da força muscular e da coordenação, chegando ao ponto de impossibilitar a realização de alguns afazeres simples como subir escadas, se levantar de uma cadeira e até mesmo engolir. 

A ELA vai piorando gradativa e lentamente até o ponto dos músculos peitorais pararem de trabalhar, dificultando muito a capacidade respiratória do paciente. A doença atinge cerca de 5 de cada 100 mil pessoas no mundo. Geralmente os sintomas só surgem a partir dos 50 anos de idade, contudo pode aparecer em pessoas mais jovens também. A esclerose lateral amiotrófica atinge diretamente os músculos do indivíduo, não afetando portanto, os sentidos. Raramente afeta o funcionamento dos intestinos e da bexiga, assim como o raciocínio e pensamento. Dentre os sintomas mais comuns estão presentes: engasgo com facilidade, dificuldade respiratória, babação, gagueira, contrações musculares, paralisia, cãibras musculares, perda de peso, alteração na voz, rouquidão, como também problemas de dicção (arrastando as palavras). 

Para o diagnóstico, o exame físico é de suma importância pois mostra algumas deficiências físicas associadas à doença. No exame, o médico observa o jeito de andar e os reflexos. Alguns testes também podem ser solicitados pelo médico para a confirmação do diagnóstico; são eles: punção lombar, teste de deglutição, teste genético, tomografia ou ressonância da cabeça, exames de sangue para descartar outras patologias, eletroneuromiografia, dentre outros. Infelizmente ainda não existe cura para a ELA, entretanto existe tratamento. 

Além de medicamentos específicos prescritos pelo médico, o paciente pode realizar fisioterapia, reabilitação e até mesmo uso de órteses. Além disso o acompanhamento nutricional é de suma importância pois o paciente pode perder peso. O óbito em geral, acontece no período de 3 a 5 anos após o diagnóstico e cerca de 25% dos pacientes ainda sobrevive por mais 5 anos. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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