segunda-feira, 23 de julho de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ SABE O QUE É ROSÁCEA?


A rosácea é uma doença de pele bastante comum; é um problema vascular inflamatório crônico que apresenta períodos de exacerbações e remissões. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia ela atinge 1,5% a 10% das pessoas de populações estudadas e acomete mais frequentemente adultos com idade entre 30 e 50 anos. Ocorre mais comumente em mulheres, entretanto também pode atingir os homens, apresentando eles, quadros mais graves.
 
A origem dessa doença não é totalmente conhecida, contudo estudos apontam uma combinação de fatores ambientais e hereditários: predisposição individual (afeta com mais frequência pessoas brancas) ou familiar (genética); além disso o fator psicológico (estresse) tem grande influência. Outros fatores que podem contribuir para o aparecimento da rosácea são: exposição solar, temperaturas elevadas, alimentos quentes ou picantes, bebidas alcoólicas, banhos quentes ou saunas, exercícios físicos extenuantes, uso de corticoides ou de medicamentos que provocam a dilatação de vasos sanguíneos, como alguns medicamentos anti-hipertensivos. Essa doença apresenta alguns subtipos; eles podem se misturar, ocorrendo uma combinação: 

Eritemato telangectasia: tom rosado ou avermelhado da pele com pequenos vasos evidentes, principalmente na região central do rosto e asas nasais. O paciente pode ter a sensação que a pele está queimando ou pinicando. A pele fica bastante sensível e não se deve fazer uso de cremes abrasivos ou ácidos;

Pápula pustulosa: além do tom avermelhado da pele, há o aparecimento de lesões pápulo-pustulosas (parecidas com espinhas) que ocorrem em surtos. Esse tipo pode ser confundido com a acne. Ocorre mais comumente nos homens e apresenta períodos de piora e melhora de forma alternada;

Fimatosa: é o tipo menos frequente; uma espécie de estágio final da doença onde a pele apresenta-se espessada, avermelhada e endurecida. Esse tipo de rosácea se caracteriza pelo aumento e pela infiltração das áreas como glândulas sebáceas nasais. Isso pode causar o aumento do nariz, chegando em alguns casos a dobrar de tamanho;

Ocular: esse tipo atinge a região dos olhos. De acordo com estudos, cerca de 20% dos casos são descobertos com uma visita ao oftalmologista. O que indica esse tipo é uma blefarite (inflamação, vermelhidão e descamação da área dos cílios). É um tipo grave de rosácea que pode levar à perda da visão;

Granulomatosa: é um subtipo bem raro caracterizado pelo surgimento de nódulos pequenos e acastanhados na face. 
Os sintomas mais comuns dessa doença incluem: eritema (vermelhidão) facial, protuberâncias que lembram espinhas e acne, secura ocular e vermelhidão, irritação e inchaço palpebral, telangiectasias (dilatação de pequenos vasos sanguíneos), assim como rinofima (espessamento nasal). A rosácea é uma doença que não tem cura, contudo há tratamento e controle que evitam complicações. 

O tratamento do tipo mais comum é realizado com uso de produtos tópicos indicados pelo médico dermatologista. Isso irá minimizar a inflamação. A depender do tipo e do caso do paciente podem ser prescritos antibióticos também. Além disso, é de suma importância o uso de sabonetes adequados e protetor solar de alta proteção contra raios UVA e UVB. A rosácea pode piorar ao longo do tempo, provocando mudanças permanentes na aparência, consequentemente afetando a autoestima do paciente. Algumas orientações gerais para a prevenção da rosácea são: proteção solar diária, evitar etilismo e outros agentes agravantes e visitar periodicamente um dermatologista, pois isso ajudará no diagnóstico e tratamento precoces. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino






Nenhum comentário:

Postar um comentário