DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ SABE O QUE É ROSÁCEA?
A
rosácea é uma doença de pele bastante comum; é um problema vascular
inflamatório crônico que apresenta períodos de exacerbações e remissões.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia ela atinge 1,5% a 10%
das pessoas de populações estudadas e acomete mais frequentemente
adultos com idade entre 30 e 50 anos. Ocorre mais comumente em mulheres,
entretanto também pode atingir os homens, apresentando eles, quadros
mais graves.
A origem dessa doença não é totalmente conhecida, contudo
estudos apontam uma combinação de fatores ambientais e hereditários:
predisposição individual (afeta com mais frequência pessoas brancas) ou
familiar (genética); além disso o fator psicológico (estresse) tem
grande influência. Outros fatores que podem contribuir para o
aparecimento da rosácea são: exposição solar, temperaturas elevadas,
alimentos quentes ou picantes, bebidas alcoólicas, banhos quentes ou
saunas, exercícios físicos extenuantes, uso de corticoides ou de
medicamentos que provocam a dilatação de vasos sanguíneos, como alguns
medicamentos anti-hipertensivos. Essa doença apresenta alguns subtipos;
eles podem se misturar, ocorrendo uma combinação:
Eritemato telangectasia:
tom rosado ou avermelhado da pele com pequenos vasos evidentes,
principalmente na região central do rosto e asas nasais. O paciente pode
ter a sensação que a pele está queimando ou pinicando. A pele fica
bastante sensível e não se deve fazer uso de cremes abrasivos ou ácidos;
Pápula pustulosa: além
do tom avermelhado da pele, há o aparecimento de lesões
pápulo-pustulosas (parecidas com espinhas) que ocorrem em surtos. Esse
tipo pode ser confundido com a acne. Ocorre mais comumente nos homens e
apresenta períodos de piora e melhora de forma alternada;
Fimatosa: é
o tipo menos frequente; uma espécie de estágio final da doença onde a
pele apresenta-se espessada, avermelhada e endurecida. Esse tipo de
rosácea se caracteriza pelo aumento e pela infiltração das áreas como
glândulas sebáceas nasais. Isso pode causar o aumento do nariz, chegando
em alguns casos a dobrar de tamanho;
Ocular: esse
tipo atinge a região dos olhos. De acordo com estudos, cerca de 20% dos
casos são descobertos com uma visita ao oftalmologista. O que indica
esse tipo é uma blefarite (inflamação, vermelhidão e descamação da área
dos cílios). É um tipo grave de rosácea que pode levar à perda da visão;
Granulomatosa: é um subtipo bem raro caracterizado pelo surgimento de nódulos pequenos e acastanhados na face.
Os
sintomas mais comuns dessa doença incluem: eritema (vermelhidão)
facial, protuberâncias que lembram espinhas e acne, secura ocular e
vermelhidão, irritação e inchaço palpebral, telangiectasias (dilatação
de pequenos vasos sanguíneos), assim como rinofima (espessamento nasal).
A rosácea é uma doença que não tem cura, contudo há tratamento e
controle que evitam complicações.
O tratamento do tipo mais comum é
realizado com uso de produtos tópicos indicados pelo médico
dermatologista. Isso irá minimizar a inflamação. A depender do tipo e do
caso do paciente podem ser prescritos antibióticos também. Além disso, é
de suma importância o uso de sabonetes adequados e protetor solar de
alta proteção contra raios UVA e UVB. A rosácea pode piorar ao longo do
tempo, provocando mudanças permanentes na aparência, consequentemente
afetando a autoestima do paciente. Algumas orientações gerais para a
prevenção da rosácea são: proteção solar diária, evitar etilismo e
outros agentes agravantes e visitar periodicamente um dermatologista,
pois isso ajudará no diagnóstico e tratamento precoces.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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