DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ SABE O QUE É HERPES ZÓSTER?
Herpes
zóster é uma doença viral que provoca uma infecção no indivíduo. Pode
ser causada por dois tipos de vírus: varicela zóster (vírus responsável
pela varicela ou catapora) que é reativado em pessoas que já tiveram
catapora em algum momento da vida e ficaram com o vírus latente no
corpo; como também pelo herpesvírus tipos 1 e 2 ou herpes simplex, mais
conhecido como cobreiro.
Essa doença pode atingir qualquer região do
corpo, contudo ocorre mais comumente no rosto e no tronco; também pode
ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais atingidos os pacientes de
meia-idade ou idosos. O herpes zóster pode aparecer em algumas situações
específicas, como imunodepressão
medicamentosa, onde o paciente faz uso de drogas imunossupressoras para
tratar alguma doença autoimune, inflamatória ou alguma neoplasia. A
doença também pode aparecer como uma infecção oportunista em pessoas que
fizeram transplante de órgãos ou em indivíduos portadores do vírus HIV.
O herpes zóster em si não representa risco
de vida, porém pode provocar alguma incapacidade física do membro
afetado. Dessa forma, a vacina é de extrema importância pois não apenas diminui
as chances de contrair a doença, mas também de apresentar neuralgia
pós-herpética (dor persistente por mais de três meses após a resolução
das lesões de pele causadas pelo herpes zóster por inflamação e
destruição parcial das fibras nervosas), além disso reduz a dor aguda e crônica provocada pela doença, enquanto que o tratamento precoce
minimiza as chances de complicações.
Estudos mostram que dentre as
hipóteses para a causa dessa doença está a baixa imunidade, ou seja, um
sistema imunológico debilitado. Essa doença normalmente se manifesta por
vesículas (bolhas pequenas) que se agrupam e são distribuídas de forma
linear, seguindo o trajeto de algum nervo. O grau de dor ou queimação
local varia de paciente para paciente; sintomas esses, que precedem o
aparecimento das lesões. Enquanto essas vesículas estiverem presentes e
com presença de líquido em seu interior, elas são infectantes e um
simples contato das mãos com elas pode transferir o vírus para outros
locais, como os olhos.
É importante
lembrar que o vírus que provoca a varicela e o herpes zóster é
diferente do vírus que causa a herpes genital ou labial, pois são vírus
de famílias diferentes, simplesmente tem em comum o nome herpes. Um
acontecimento raro, mas não impossível, é uma pessoa com herpes zóster
transmitir esse vírus para quem não tem imunidade ainda; o que pode
ocorrer pelo contato direto com as lesões de pele ou por via
respiratória. Após infectada, a pessoa pode desenvolver a catapora e
posteriormente, o herpes zóster.
Alguns
fatores aumentam as chances de uma pessoa apresentar o herpes zóster:
medicações de uso contínuo que levam à diminuição da imunidade, idade
(quanto maior a idade, maior o risco), tratamentos para
imunossupressores e doenças que debilitam o sistema imunológico. O
herpes zóster se desenvolve em fases, são elas:
-
Período de incubação (antes das erupções cutâneas): dores, ardência e
sensação de cócegas e/ou formigamento nas regiões próximas aos nervos
afetados, calafrios e pode haver também distúrbios gastrointestinais;
-
Fase ativa: aparecimento das erupções. O líquido no interior das lesões
é claro, podendo ficar turvo após alguns dias. Essas erupções podem
surgir nas bochechas, na testa, no nariz ou em torno de um dos olhos.
Geralmente são acompanhadas de dor. Vão melhorando em cerca de duas a
quatro semanas e podem deixar cicatrizes;
-
Fase crônica (neuralgia pós-herpética): complicação mais comum que
acomete cerca de 15% dos pacientes. Dura em torno de 30 dias, podendo
persistir por meses ou até mesmo, anos. Essa neuralgia se apresenta como
queimação e pontadas nas áreas de erupção, dores persistentes e muita
sensibilidade ao toque.
Essa
doença geralmente é diagnosticada baseada nas informações coletadas e
diagnóstico clínico. O médico também pode fazer uma raspagem e enviar
para análise laboratorial. Não existe cura para essa doença, entretanto o
tratamento adequado pode minimizar o tempo de duração e prevenir as
complicações. Tratamentos comuns incluem: medicamentos analgésicos,
antivirais, banhos frios e compressas úmidas nas regiões das lesões e
prevenção das infecções secundárias.
Cuidados com a higiene e bons
hábitos diários podem auxiliar na prevenção, contudo a maneira mais
segura de prevenção é a vacinação que está liberada para pessoas com 50
anos ou mais, sendo administrada em dose única, via subcutânea. É
importante lembrar que o tratamento é individualizado e apenas o médico
pode dizer qual o medicamento indicado para cada caso. Procure um médico
o quanto antes ao surgimento dos primeiros sintomas, pois isso é
essencial para um diagnóstico e tratamento adequados.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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