segunda-feira, 9 de julho de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM CRIPTORQUIDIA?

A criptorquidia se dá no momento do nascimento do bebê e se caracteriza pela ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal que não migraram da cavidade abdominal (local de desenvolvimento dos testículos quando o feto está dentro do útero) para o escroto na fase de formação fetal. Há casos em que os testículos não existem, esse evento é conhecido por agenesia testicular. 

A criptorquidia não gera sintomas, contudo deve ser corrigida o quanto antes através de procedimento cirúrgico, pois oferece riscos e complicações a longo prazo, como a infertilidade e o câncer testicular. A formação dos testículos tem início a partir da 6ª semana de gestação e por volta da 10ª semana eles migram para a região inguinal, permanecendo assim até 28 semanas. Entre as 28 e 40 semanas, os testículos migram de forma lenta para a bolsa escrotal. 

Há crianças, é o caso dos prematuros, que esse processo de migração só se completa semanas ou até mesmo meses após o nascimento. Estudos comprovam que 90% dos casos de criptorquidia é unilateral (apenas um testículo não desce) e geralmente ocorre com o testículo esquerdo. É importante ressaltar que quando o testículo não desce no período do primeiro ano de vida, o bebê deve ser submetido a uma avaliação; sendo recomendada a cirurgia, evitando assim que esse testículo sofra uma lesão permanente.

Estudos mostram que essa doença provavelmente seja uma combinação de fatores genéticos, anatômicos, hormonais, ambientais e de saúde materna. Alguns fatores de risco são conhecidos para que esse quadro ocorra, como: prematuridade, baixo peso ao nascer, histórico familiar de problemas de desenvolvimento genital e criptorquidia, tabagismo e etilismo pela mãe durante a gestação, malformações fetais e exposição dos pais a determinados pesticidas. 

O maior sinal da criptorquidia é a ausência do testículo na bolsa escrotal, portanto a palpação do escroto deve fazer parte do exame físico pediátrico dos recém-nascidos do sexo masculino, fora isso, não apresenta sintomas. O tratamento é na maioria das vezes cirúrgico, tendo como objetivo posicionar o testículo na bolsa escrotal; contudo se durante o procedimento se identificar sinais de atrofia ou inviabilidade testicular, esse testículo deve ser removido. 

A essa cirurgia dá-se o nome de orquidopexia; ela requer um pequeno corte na região da virilha ou da bolsa escrotal, devendo ser realizada nas crianças que apresentam criptorquidia após os seis meses de idade. O procedimento cirúrgico deve ser realizado antes dos dois anos para melhores resultados, inclusive em relação à futura fertilidade da criança. Nos casos em que a criptorquidia é identificada tardiamente, a realização da cirurgia deve ocorrer dentro do prazo de seis meses.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino





Nenhum comentário:

Postar um comentário