DICA DE SAÚDE DA SEMANA
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A ASMA
A
asma é uma doença de inflamação crônica das vias aéreas, na qual os
brônquios ficam sensíveis e inflamados, reagindo assim, ao menor sinal
de irritação. A asma é uma doença bastante recorrente que, de acordo com
a OMS (Organização Mundial de Saúde), acomete cerca de 235 milhões de
pessoas no mundo. No Brasil, cerca de 10% da população é atingida por
esse problema. A causa dessa doença varia de pessoa para pessoa, pois
cada indivíduo apresenta sensibilidade e gatilhos diferentes. Portanto, é
imprescindível entender quais os fatores que provocam os ataques, para
que possam ser evitados. Os gatilhos de ataque mais comuns são:
- ALIMENTAÇÃO:
Existem alimentos que estão associados aos sintomas alérgicos, como
amendoim, soja, ovos, peixe, trigo, leite de vaca, camarão, crustáceos,
dentre outros;
- SUBSTÂNCIAS: Algumas
substâncias transportadas pelo ar, como poeira, pólen, mofo, pelos de
animais, fumaça, poluição e ácaros, também podem causar crises, assim
como substâncias químicas (tintas e produtos de limpeza);
- EXERCÍCIOS FÍSICOS: Muitos
indivíduos sofrem uma crise asmática ao praticar uma atividade física,
pelo esforço; inclusive alguns atletas podem apresentar a doença. Com a
asma provocada pelo exercício físico, há o estreitamento das vias aéreas
em um pico de 5 a 20 minutos, após o início do exercício, dificultando
assim, a retomada do fôlego;
- MUDANÇA DE TEMPERATURA: Choques
térmicos são bastante agressivos para quem tem as vias aéreas
sensíveis. A mudança climática pode provocar a liberação de substâncias
alergênicas, desencadeando a crise;
- MEDICAMENTOS: Alguns
anti-inflamatórios (AAS, diclofenaco, ibuprofeno) podem provocar
crises, pois inibem uma via de inflamação, sobrecarregando outra;
- ASMA OCUPACIONAL: Esse
tipo de asma é provocada por gatilhos no ambiente de trabalho.
Trabalhadores de usinas ou expostos à agentes químicos, agrotóxicos ou
tinturas, podem apresentar a asma.
Dentre
os fatores de risco para desenvolver essa doença estão: histórico
pessoal de alergias, histórico familiar, obesidade, refluxo
gastroesofágico e baixo peso ao nascer. Muitas pessoas que sofrem com
asma ficam longos períodos sem apresentar sintomas, enquanto outras
apresentam dificuldade respiratória de forma crônica, tendo alguns picos
de gravidade em determinados períodos. Esses ataques podem durar de
minutos a dias, tornando-se perigosos caso o fluxo de ar fique muito
restrito. Alguns sintomas da asma são: deficiência respiratória, que
normalmente piora com atividades; tosse seca ou com presença de muco;
retrações intercostais (repuxar a pele entre as costelas durante a
respiração). A asma é classificada em 4 categorias:
Grau 1: sintomas leves que aparecem até dois dias por semana e até duas noites por mês;
Grau
2: Os sintomas são mais persistentes, porém são leves e aparecem mais
que duas vezes na semana, entretanto não aparecem mais que uma vez ao
dia;
Grau
3: os sintomas apresentam-se de forma persistente e moderada, uma vez
por dia, além de aparecer mais de uma noite por semana;
Grau 4: os sintomas são persistentes e graves ao longo do dia, na maioria dos dias e frequentemente à noite.
O
médico leva em consideração a análise clínica, assim como os resultados
dos exames para classificar a gravidade de cada paciente.
A
prevenção e o controle são imprescindíveis para impedir os ataques. Os
medicamentos de uso contínuo minimizam a inflamação, assim como a
sensibilidade dos brônquios, fazendo com que os pulmões reajam com
menor intensidade aos agentes irritantes. Enquanto os broncodilatadores
revertem o quadro de contração brônquica, as medicações de uso contínuo
evitam que as reações ocorram. Apenas o médico pode dizer o medicamento
mais adequado para cada caso, sua dosagem e duração do tratamento. É de
extrema importância seguir as orientações médicas e jamais de
automedicar.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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