segunda-feira, 13 de abril de 2020

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM CISTO PILONIDAL?


Também conhecido como doença pilonidal, consiste em um processo de inflamação crônica que ocorre normalmente entre as nádegas (região interglútea). Acomete mais homens do que mulheres, pelo fato de possuírem uma maior quantidade de pelos. 

O cisto pilonidal é o tipo mais comum de cisto dermoide; também pode surgir em outras regiões como nariz, olhos, pescoço e ao redor das orelhas. Apesar de ter o nome de cisto, na verdade é um resquício embrionário de pele. Na formação e desenvolvimento do embrião são formadas as dobras (excessos de pele) que são eliminadas com o passar do tempo; entretanto algumas ainda podem ficar ocultas no interior da pele; são chamadas de fendas embrionárias. Quando essas fendas são grandes a ponto de inflamarem ou serem vistas a olho nu, chamam-se cistos dermoides. 

Estudos mostram que geralmente o cisto pilonidal é provocado pelo crescimento de pelos dentro da pele, na dobra das nádegas. O cisto pilonidal atinge principalmente adolescentes e adultos jovens e seu pico de incidência geralmente é após os 30 anos de idade. A medicina aponta ainda outros fatores de risco para seu desenvolvimento, como o excesso de pelos no corpo, a obesidade, o uso de roupas muito apertadas, um trauma ou uma irritação da área afetada e até mesmo ficar sentado por longos períodos de tempo. 

Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma, porém têm um orifício pequeno na pele na região do sacro (mais ou menos 5 cm acima da região anal). Os pacientes que têm sintomas podem apresentar na área afetada: vermelhidão, edema (inchaço), prurido (coceira), saída de pus pelo orifício ou presença de pelos no orifício. Existem casos que devido à intensidade do processo inflamatório e infeccioso, podem surgir novos orifícios na região para facilitar a saída espontânea da secreção purulenta. É importante procurar um médico especialista (coloproctologista) se você notar o surgimento de sintomas como esses. 

Para diagnosticar a doença, o médico realizará o exame físico e procurará saber seu histórico médico e familiar. Pode ser necessária uma biópsia do cisto, nesse caso após a remoção cirúrgica. O tratamento do cisto pilonidal é a cirurgia, pois medicamentos como os  antibióticos não podem resolver o problema definitivamente. A cirurgia é simples e o tempo de recuperação normalmente é rápido. 

Em casos mais raros, pode haver uma cura espontânea de cistos muito pequenos, após a drenagem do conteúdo. Deve-se deixar claro para o paciente que o cisto pilonidal é passível de recorrência. Entretanto para prevenir seu aparecimento é importante manter a região interglútea sempre limpa e seca, retirando os pelos regularmente, pois isso ajuda a evitar a infecção. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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