segunda-feira, 30 de abril de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA


O QUE É SEPSE?


Também conhecida como infecção generalizada ou septicemia, dá-se pelo conjunto de manifestações graves causadas por uma infecção (no sangue), fazendo com que o organismo não consiga controlá-la. A sepse é uma condição de emergência, devendo ser tratada o mais precocemente possível, sendo potencialmente fatal. 

A expressão "generalizada" não indica que a infecção está em todos os locais do organismo; em muitos casos, ela pode estar localizada em apenas um órgão, entretanto provocando uma resposta inflamatória na tentativa de combater a infecção. Essa resposta inflamatória pode levar ao comprometimento de vários órgãos. A infecção afeta o sistema imunológico do paciente, dificultando o funcionamento dos órgãos, isso leva ao organismo responder com mudanças na pressão arterial, respiração, temperatura, frequência cardíaca e contagem de células brancas (leucócitos) no sangue. O choque séptico é uma forma mais grave da sepse que provoca disfunção dos órgãos. 

Dessa forma, muitos pacientes não resistem e chegam a falecer. De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, ela é a responsável por 25% da ocupação dos leitos nas UTI's aqui no Brasil e é considerada a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva. Tem uma alta mortalidade (cerca de 65% dos casos). A estimativa é de aproximadamente 400 mil novos casos diagnosticados por ano e até 240 mil mortes ao ano. 

 Existem algumas condições de saúde que estão associadas ao aparecimento da sepse, como: infecção da corrente sanguínea, infecção renal, abdominal e pneumonia e alguns fatores são considerados de risco para o surgimento da sepse: paciente em tratamento por quimioterapia, pacientes graves em unidades de terapia intensiva, pacientes com feridas ou lesões (queimaduras) ou que estejam em uso de dispositivos invasivos (tubos respiratórios e cateteres intravenosos). Além disso, há grupos de pessoas que correm mais riscos de sofrer de sepse. Esses grupos são: bebês prematuros, crianças menores de 1 ano, idosos, pessoas com doenças crônicas (diabetes, insuficiência renal e cardíaca), portadores de doenças imunológicas (HIV positivo) e usuários de álcool e outras drogas; entretanto qualquer pessoa pode desenvolver a sepse. 

Os sintomas principais da sepse são taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), febre, hipotensão (pressão baixa), pouca quantidade de urina, dificuldade respiratória ou frequência respiratória aumentada e alterações neurológicas (essas alterações vão desde ansiedade e desorientação até confusão mental e perda da consciência). O diagnóstico é dado pelo médico através do reconhecimento dos sinais e sintomas, além de ser confirmado com um exame de sangue. 

Esses exames podem ser: exames da função renal, contagem de plaquetas, de leucócitos, gasometria arterial, cultura de bactérias, dentre outros. Além dos exames de sangue, podem ser solicitados outros exames como raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, exames de urina, dentre outros. Alguns medicamentos usados no tratamento são: antibióticos, corticoides, medicamentos que elevam a pressão arterial, dentre outros que o médico é quem deverá prescrever. Quanto mais precocemente for dado o diagnóstico e for realizado o tratamento, maiores são as chances de recuperação. 

Há possibilidade de minimizar os riscos de desenvolver sepse, principalmente nas crianças, através da atualização do calendário vacinal. Além disso, uma higiene adequada das mãos e cuidados com equipamentos médicos ajudam a prevenir infecções que levam à sepse. Além disso, é importante manter uma vida saudável, praticando atividades físicas e tendo uma alimentação equilibrada, evitando o consumo de álcool e tabaco.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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