segunda-feira, 23 de outubro de 2017

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

SOPRO CARDÍACO​


O sopro cardíaco consiste em um ruído da região peitoral que pode ser auscultado (ouvido) durante a realização de um exame físico de um paciente. Resulta da passagem do sangue por um orifício menor que o esperado (quando uma válvula cardíaca apresenta estenose - orifício estreito, ou não tem um fechamento adequado, permitindo que o sangue retorne através de um pequeno orifício). Isso resulta em um som parecido com um sopro, daí o nome. Portanto, o sopro cardíaco não é uma doença, entretanto é considerado um indicativo de algum problema cardíaco. 

Ele pode ser um problema congênito (quando o indivíduo já nasce com ele) ou pode surgir com o passar do tempo, devido a uma degeneração de alguma válvula cardíaca. Em alguns casos, o sopro pode ser considerado normal; isso ocorre quando o sangue flui de forma rápida através do coração, como durante a gestação, em atividades físicas, febre, quantidade excessiva do hormônio tireoidiano no corpo (hipertireoidismo), em casos de anemia (ausência de hemácias saudáveis para realizar o transporte de oxigênio para os tecidos corporais) e mudanças estruturais cardíacas, como cirurgias. Sopros cardíacos considerados normais podem desaparecer com o passar do tempo, como também podem durar por toda a vida, sem provocar prejuízos à saúde.

A maior causa dos sopros cardíacos anormais é quando o bebê já nasce com alguma cardiopatia congênita. Além disso, também são causas desse problema: infecções ou condições que afetam a estrutura cardíaca, como endocardite, prolapso da válvula mitral, febre reumática e calcificação da válvula.

São considerados fatores de risco para a ocorrência do sopro: hipertensão arterial, infarto anterior, uso de alguns medicamentos, álcool ou drogas durante a gestação, doenças durante o período gestacional, histórico familiar de cardiopatias, radioterapia próximo à região peitoral, assim como cardiomiopatia (músculo do coração enfraquecido). Para quem apresenta um sopro inofensivo, pode nem haver sintomas, contudo, um sopro anormal pode provocar sintomas que podem indicar problemas cardíacos, como: falta de ar, cianose (coloração azulada da pele, principalmente nas pontas dos dedos e nos lábios), tosse crônica, falta de apetite, fígado inchado, ganho de peso ou inchaço repentino, dores no peito, tonturas, desmaios, veias do pescoço aumentadas, problemas de crescimento (no caso das crianças) e transpiração excessiva sem esforço físico ou com um mínimo de esforço. 

A maioria dos casos de sopro é identificada durante uma consulta médica regular, pois com o estetoscópio, o médico é capaz de auscultar os batimentos cardíacos, assim como sons extras, como os sopros. Caso ele ache necessário, pode solicitar testes adicionais, como uma radiografia torácica, um ecocardiograma, um eletrocardiograma ou até mesmo um cateterismo cardíaco. 

Geralmente o sopro não requer tratamento, mesmo em casos de sopros anormais. Entretanto, há casos em que há necessidade de intervenções. Isso dependerá do que está causando o sopro. Quem indicará o tratamento adequado para cada caso é o médico (cardiologista), que poderá prescrever alguns medicamentos, ou solicitar alguma cirurgia ou cateterismo. 

Não há nada que possa ser feito para prevenir o aparecimento de um sopro cardíaco; mas é de suma importância cuidar da saúde do coração com um estilo de vida saudável, praticando exercícios físicos regulares, mantendo uma alimentação saudável e equilibrada, evitando o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas de forma exacerbada e controlando a pressão arterial e os níveis de colesterol no sangue.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino




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