“Nós somos a igreja da última hora”, afirma pastor
Gunar Berg diz que o que estamos vivenciando é “o cumprimento efetivo
dos sinais descritos por Cristo”.
A pandemia global de coronavírus pode
ser o último dos sinais prescritos por Cristo sobre o arrebatamento? Não
podemos ter certeza, mas, não há como negar que se aproxima o tempo da volta de
Cristo à Terra para buscar sua igreja.
Para
entender a relação entre a escatologia bíblica e os desdobramentos que a
pandemia tem causado ao mundo, o Gospel Prime conversou com o pastor assembleiano
Gunar Berg.
Teólogo e
historiador formado pela Global University, ele é o coordenador acadêmico da
Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus (EETAD).
O pastor, que
leva o nome dos dois fundadores da Assembleia de Deus no Brasil, afirma que
“estamos vivendo os últimos dias da igreja sobre a Terra”.
Teste
O teólogo lembra
o ensino bíblico de quem ninguém sabe o momento em que Cristo vai arrebatar seu
povo, mas entende que o “diabo sempre tem seus planos para cada momento
histórico”.
O pastor alerta
que satanás “parece querer preparar-se para a volta de Cristo mais do que
muitos crentes”.
Berg entende que
o inimigo “não sabe quando se darão os últimos eventos”, por isso, “desenvolve
estratégias para o instante em que o calendário escatológico for deflagrado”.
O pastor explica
que a pandemia pode ser “um teste do inimigo sobre como dominar as nações a
partir do medo”.
Governo mundial
O historiador
cita que o globalismo está sendo sentido agora através da uniformidade de ações
por parte dos países atingidos pelo coronavírus.
“A China ditou o
protocolo que lhe pareceu mais conveniente: o encarceramento doméstico”, cita.
“O mundo copiou sem critérios”, completa.
Gunar entende que
já existe um governo mundial em curso, “ainda que lhe falte um rosto e um nome
carismático”.
Ele cita a
esquerda ao lado do globalismo e a direita como anti-globalista.
“O que me deixa
frustrado, e por vezes muito irritado, é observar pretensos cristãos à
esquerda, defendendo as bandeiras globalistas. Coitados. Estão cegos e sem
discernimento. Estes coitados pensam que são anjos, mas estão fazendo coro com
o diabo”, critica.
Relógio de Deus
O pastor cita os
anos 80 e 90 como períodos onde o estudo escatológico era muito ativo,
principalmente nas Assembleias de Deus. Ele relembra uma citação constante nas
pregações e ensinos apocalípticos: “Israel é o relógio de Deus”.
“Infelizmente, o
interesse pela escatologia bíblica acabou. Quando alguém se importa pelo
assunto é só por curiosidade, e nunca por temor a Deus. Esta urgência
doutrinária foi substituída pela doutrina da prosperidade e sua filha mais
nova, a teologia coach”, lamenta.
“Mas quem ainda
ama a escatologia sabe que é a partir do que acontece com Israel que podemos
discernir os eventos escatológicos se desdobrando diante de nós – bem como o
ocorrido à própria Igreja é, também, um ponteiro neste relógio”, pontua.
O teólogo ensina
que é preciso observar a geopolítica com base nas alianças feitas com Israel.
Se hoje, diz, o Brasil está “do lado certo desta questão, é por bondade de Deus
que nos deu um presidente com mais juízo que muitos pastores”.
Salienta,
contudo, que “amanhã podemos ter outro esquerdista no Planalto, e nossa amizade
com Israel será substituída com uma aliança rota com os marginais do Hamas”.
Destaca a mesma
posição dos Estados Unidos, que com Barack Obama, estava se distanciando da
Terra Santa, mas com Donald Trump, tem fortalecido seus laços.
Conclui citando a benção de
Deus sobre Abraão para afirmar que “qualquer nação alinhada com Israel está do
lado certo da promessa: abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que
te amaldiçoarem”.
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