DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM CISTO PILONIDAL?
Também
conhecido como doença pilonidal, consiste em um processo de inflamação
crônica que ocorre normalmente entre as nádegas (região interglútea).
Acomete mais homens do que mulheres, pelo fato de possuírem uma maior
quantidade de pelos.
O cisto pilonidal é o tipo mais comum de cisto
dermoide; também pode surgir em outras regiões como nariz, olhos,
pescoço e ao redor das orelhas. Apesar de ter o nome de cisto, na
verdade é um resquício embrionário de pele. Na formação e
desenvolvimento do embrião são formadas as dobras (excessos de pele) que
são eliminadas com o passar do tempo; entretanto algumas ainda podem
ficar ocultas no interior da pele; são chamadas de fendas embrionárias.
Quando essas fendas são grandes a ponto de inflamarem ou serem vistas a
olho nu, chamam-se cistos dermoides.
Estudos mostram que geralmente o
cisto pilonidal é provocado pelo crescimento de pelos dentro da pele, na
dobra das nádegas. O cisto pilonidal atinge principalmente adolescentes
e adultos jovens e seu pico de incidência geralmente é após os 30 anos
de idade. A medicina aponta ainda outros fatores de risco para seu
desenvolvimento, como o excesso de pelos no corpo, a obesidade, o uso de
roupas muito apertadas, um trauma ou uma irritação da área afetada e
até mesmo ficar sentado por longos períodos de tempo.
Algumas pessoas
não apresentam nenhum sintoma, porém têm um orifício pequeno na pele na
região do sacro (mais ou menos 5 cm acima da região anal). Os pacientes
que têm sintomas podem apresentar na área afetada: vermelhidão, edema
(inchaço), prurido (coceira), saída de pus pelo orifício ou presença de
pelos no orifício. Existem casos que devido à intensidade do processo
inflamatório e infeccioso, podem surgir novos orifícios na região para
facilitar a saída espontânea da secreção purulenta. É importante
procurar um médico especialista (coloproctologista) se você notar o
surgimento de sintomas como esses.
Para diagnosticar a doença, o médico
realizará o exame físico e procurará saber seu histórico médico e
familiar. Pode ser necessária uma biópsia do cisto, nesse caso após a
remoção cirúrgica. O tratamento do cisto pilonidal é a cirurgia, pois
medicamentos como os antibióticos não podem resolver o problema
definitivamente. A cirurgia é simples e o tempo de recuperação
normalmente é rápido.
Em casos mais raros, pode haver uma cura
espontânea de cistos muito pequenos, após a drenagem do conteúdo.
Deve-se deixar claro para o paciente que o cisto pilonidal é passível de
recorrência. Entretanto para prevenir seu aparecimento é importante
manter a região interglútea sempre limpa e seca, retirando os pelos
regularmente, pois isso ajuda a evitar a infecção.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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