TRAGÉDIA DO BALDO COMPLETA 36 ANOS
25 de fevereiro de 1984 era um sábado, cerca de uma semana antes do Carnaval. Naquele ano Carnaval foi em março, sendo a quarta-feira de cinzas o dia 7 daquele mês. A Prefeitura de Natal disponibilizava transporte para os foliões e as escolas de samba. Naquele dia o motorista da empresa Guanabara, Aluízio Farias Batista, recebeu a notícia que deveria trabalhar além do expediente para cumprir o compromisso da empresa com a Prefeitura. Ele ficou enfurecido com a ordem, mas, provavelmente pensando na manutenção do seu emprego, assumiu o comando do ônibus e partiu para a sua ‘última viagem’ da noite. O percurso seria do Alecrim ao bairro das Rocas, onde Aluízio deixaria os integrantes da escola de samba Malandros do Samba.
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Aluízio estava irritado e pegou uma escola de samba em plena euforia daquele pré-Carnaval. Não demorou muito tempo para acontecer um desentendimento. Os integrantes da escola de samba começaram a puxar a ‘cordinha’ do ônibus, o que irritou ainda mais Aluízio, que passou a conduzir o veículo em alta velocidade pelas ruas de Natal.
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Nas proximidades do então recém-inaugurado Viaduto do Baldo, ao fazer uma curva a traseira do ônibus bateu em um fusca que estava parado em um canteiro na Av. Rio Branco. Sem o controle do veículo, Aluízio viu o ônibus que dirigia causar uma das maiores tragédias da história da cidade. Dezenas de pessoas foram atropeladas após o veículo invadir o lado da pista onde os quase 5 mil foliões se divertiam.
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O saldo foi 19 mortos, 11 feridos gravemente e uma das cenas mais trágicas de nossa história. A cidade parou por uns dias e o Carnaval de Natal não aconteceu e ficou enterrado pelo trauma.
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