terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

TRAGÉDIA DO BALDO COMPLETA 36 ANOS


25 de fevereiro de 1984 era um sábado, cerca de uma semana antes do Carnaval. Naquele ano Carnaval foi em março, sendo a quarta-feira de cinzas o dia 7 daquele mês. A Prefeitura de Natal disponibilizava transporte para os foliões e as escolas de samba. Naquele dia o motorista da empresa Guanabara, Aluízio Farias Batista, recebeu a notícia que deveria trabalhar além do expediente para cumprir o compromisso da empresa com a Prefeitura. Ele ficou enfurecido com a ordem, mas, provavelmente pensando na manutenção do seu emprego, assumiu o comando do ônibus e partiu para a sua ‘última viagem’ da noite. O percurso seria do Alecrim ao bairro das Rocas, onde Aluízio deixaria os integrantes da escola de samba Malandros do Samba.
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Aluízio estava irritado e pegou uma escola de samba em plena euforia daquele pré-Carnaval. Não demorou muito tempo para acontecer um desentendimento. Os integrantes da escola de samba começaram a puxar a ‘cordinha’ do ônibus, o que irritou ainda mais Aluízio, que passou a conduzir o veículo em alta velocidade pelas ruas de Natal.
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Nas proximidades do então recém-inaugurado Viaduto do Baldo, ao fazer uma curva a traseira do ônibus bateu em um fusca que estava parado em um canteiro na Av. Rio Branco. Sem o controle do veículo, Aluízio viu o ônibus que dirigia causar uma das maiores tragédias da história da cidade. Dezenas de pessoas foram atropeladas após o veículo invadir o lado da pista onde os quase 5 mil foliões se divertiam.
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O saldo foi 19 mortos, 11 feridos gravemente e uma das cenas mais trágicas de nossa história. A cidade parou por uns dias e o Carnaval de Natal não aconteceu e ficou enterrado pelo trauma. 



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