DICA DE SAÚDE DA SEMANA
ABORTO ESPONTÂNEO
O
aborto espontâneo é considerado a complicação mais comum de uma
gravidez precoce. A medida que a idade gestacional aumenta, a frequência
do aborto espontâneo reduz. É caracterizado pela perda da gravidez
antes da 20ª semana de gestação; a maior parte dos abortos espontâneos
acontece pois o feto não está com o desenvolvimento adequado, e as
causas, muitas vezes, são difíceis de determinar.
O aborto apesar de ser
uma experiência comum, não é nada fácil; dessa forma, pode ser
necessário um suporte psicológico para a mãe superar a perda do bebê.
Dentre as possíveis causas de um aborto espontâneo, estão: genes ou
cromossomos anormais (erros que ocorrem por acaso conforme o embrião se
divide e cresce) e as condições da sáude da mãe. É importante saber que
pequenos sustos, relações sexuais, exercícios físicos, quedas da própria
altura e o trabalho (quando não há exposição a produtos químicos ou
radiação), não provocam um aborto espontâneo.
Dentre os principais
fatores de risco estão: abortos anteriores, idade materna (quanto maior,
mais risco), condições crônicas de saúde da mãe, vícios, problemas
cervicais ou uterinos, testes pré-natais invasivos e o peso da mãe
(baixo peso ou excesso de peso podem ser arriscados). A maioria dos
abortos espontâneos acontece antes da 12ª semana de gestação; muitas
vezes a mulher pode nem saber que sofreu o aborto, quando ele ocorre nas
primeiras seis semanas. Entretanto, dentre os sinais e sintomas que
podem ocorrer estão: diminuição dos sinais da gravidez (perda de
sensibilidade mamária e náuseas), sangramento vaginal, acompanhado ou
não de cólicas, dor lombar de leve à intensa e presença de coágulo
sanguíneo ou jato de líquido claro ou rosa saindo pela vagina.
É
importante lembrar que a maioria das mulheres que apresentam sangramento
vaginal no primeiro trimestre tem gestações bem sucedidas. Possíveis
diagnósticos médicos são: Ameaça de aborto: há sangramento, mas não há dilatação do colo do útero. Esse tipo de gravidez pode prosseguir sem qualquer problema. Aborto inevitável: há sangramento e o útero está se contraindo e o colo dilatado. O aborto é inevitável. Aborto incompleto: há expulsão de algum material fetal ou placenta, mas alguns restos ainda ficam no útero. Aborto retido: os tecidos placentários e embrionárias permanecem no útero, mas o embrião já morreu ou nunca se formou. Aborto completo: expulsão de todos os tecidos da gravidez.
Isso é comum para abortos ocorridos antes das 12 semanas. Aborto séptico:
desenvolvimento de uma infecção no útero, o que pode ser uma infecção
muito grave, que exige atendimento imediato. É possivel engravidar
novamente após um aborto espontâneo; para isso é preciso estar
fisicamente e emocionalmente pronta. O aborto geralmente é uma
ocorrência única. Menos de 5% das mulheres têm dois abortos consecutivos
e só 1% têm três ou mais consecutivos. Quando isso ocorre, é importante
considerar fazer exames para identificar as causas subjacentes.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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