DICA DE SAÚDE DA SEMANA
PERICARDITE
O
pericárdio consiste em um tipo de bolsa que protege e envolve o
coração. Tem o objetivo de manter o coração na posição adequada, não
permitindo que ele fique cheio de sangue além de sua capacidade. Há dois
tipos de pericárdio: fibroso e seroso, sendo composto por duas faces:
parietal e visceral.
Entre os tipos e as faces existem espaços virtuais
que são preenchidos por um líquido lubrificante, evitando assim atritos.
Sendo assim, a pericardite é a inflamação do pericárdio. Existem
algumas causas principais para seu acontecimento, como doenças
autoimunes, como lúpus, infecções por bactérias, vírus ou fungos,
metástases, hipotireoidismo, febre reumática, tuberculose, infarto,
insuficiência renal crônica, lesões ou traumas torácicos, radioterapia
na região do tórax, como também efeitos colaterais provenientes de
alguns medicamentos.
Sua causa pode ser indeterminada em muitos casos,
quando isso ocorre é conhecida como pericardite idiopática. Esse
problema pode ser agudo, quando ocorre uma inflamação repentina e dura
cerca de duas semanas, e pode ser crônico quando apresenta início
gradual e persiste por um tempo maior. Os principais sintomas da
pericardite são dor torácica aguda e contínua (pode irradiar para o
ombro esquerdo e para o pescoço), ansiedade, fadiga, dificuldade
respiratória, tosse seca e febre. O diagnóstico tem início ainda no
consultório médico através de um breve questionamento sobre histórico
clínico do paciente e um exame físico geral com auscultas cardíaca e
pulmonar.
O médico pode solicitar alguns exames que auxiliam no
diagnóstico, por exemplo, radiografia de tórax, ressonância magnética,
ecocardiograma, eletrocardiograma, tomografia computadorizada cardíaca,
além de um hemograma completo. Os casos menos graves geralmente são
tratados com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Caso o
paciente não apresente nenhuma complicação, poderá realizar o tratamento
em casa, evitando esforços.
Os casos mais agravantes onde pode até
ocorrer derrame do pericárdio ou aqueles pacientes com alguma outra
patologia grave, devem ser internados para realizar o tratamento.
Infelizmente não é possível prevenir a ocorrência da pericardite,
entretanto pode-se ficar atento aos sinais e sintomas para procurar
ajuda médica o mais precocemente possível, evitando assim as
complicações.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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