DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ TEM MUITO BLEFAROSPASMO?
Mais
conhecido como tremor ocular ou espasmo palpebral, o blefarospasmo é
caracterizado pela ocorrência de espasmos nas pálpebras e pode ocorrer
em diferentes níveis. Os espasmos, de uma forma geral, consistem em
movimentos involuntários dos músculos; nesse caso, dos músculos
perioculares, o que resulta em piscar de forma involuntária.
Em muitos
casos, não é possível identificar a causa desse problema, entretanto há
fatores considerados de risco para a ocorrência desses espasmos, como o
estresse, a fadiga (cansaço), assim como o consumo exagerado de cafeína.
Existem pacientes que apresentam espasmos bem intensos onde a pálpebra
chega a fechar completamente; isso pode resultar de uma irritação da
córnea ou das membranas que revestem as pálpebras (conjuntivas). O
blefarospasmo afeta mais comumente as mulheres e tende a acontecer em
pessoas da mesma família. Muito raramente possa ser secundário a
distúrbios oculares ou doenças neurológicas que provoquem espasmos.
Os
sintomas mais comuns são os tremores e espasmos incontroláveis
palpebrais, visão embaçada e fotofobia (sensibilidade à luz). É válido
lembrar que esses espasmos podem se intensificar com o cansaço, a
claridade e a ansiedade. Quando os espasmos começam, podem ficar indo e
vindo por dias até desaparecerem por completo. A maior parte das pessoas
que sofre de blefarospasmo tem ocasionalmente os espasmos e nem chega a
perceber quando eles vão embora. De qualquer forma é importante
procurar um especialista caso esses sintomas não cessem espontaneamente e
fiquem insistindo por mais de uma semana. Caso os espasmos surjam em
outros locais do rosto ou você apresente sintomas como inchaço,
vermelhidão, secreção nos olhos ou a pálpebra superior parecer caída,
procure ajuda médica o quanto antes.
A
maioria desses espasmos palpebrais passa sem precisar de tratamento;
existem algumas técnicas para evitar que ocorram: ingerir menos
quantidade de cafeína, dormir bem e descansar bastante e fazer uso de
colírios para lubrificação dos olhos, evitando assim a irritação. O
tratamento para determinados casos é a injeção de toxina botulínica do
tipo A (botox) nos músculos perioculares. Existe uma cirurgia para
ressecar esses músculos, entretanto é usada apenas para casos
específicos em que o médico vê a necessidade. O uso de óculos escuros
pode auxiliar na diminuição da sensibilidade à luz.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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