segunda-feira, 16 de abril de 2018

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

CONHEÇA A CETOACIDOSE DIABÉTICA​
A cetoacidose dá-se devido aos altos níveis de glicose na corrente sanguínea. É uma condição grave do diabetes que pode levar ao coma ou à morte. A insulina promove o deslocamento da glicose da corrente sanguínea para as células corporais, para dessa forma, gerar a energia necessária às atividades diárias. 

Nos casos de ausência da insulina, o nível de glicose aumenta na corrente sanguínea, consequentemente as células padecem com a falta da energia; diante dessa situação, o organismo faz "estoques de gordura" para evitar que as células parem de funcionar e haja energia. Esse processo do uso da gordura corporal como fonte de energia, gera a formação de cetonas (corpos cetônicos), que são ácidos que ficam acumulados no sangue, aparecendo assim, na urina; que em grande quantidade no organismo, podem envenenar o corpo. A esse processo, dá-se o nome de cetoacidose diabética, que é uma emergência que deve ser tratada de forma imediata. 

 Ela ocorre normalmente em pacientes portadores de diabetes tipo 1. Pode ser desencadeada por vários fatores, como: problemas com a terapia de insulina, doenças que provoquem a produção de níveis elevados de hormônios como o cortisol e a adrenalina, além de febre alta, estresse, trauma emocional ou físico, cirurgia, infarto e abuso de álcool e outras drogas, principalmente a cocaína. 

A cetoacidose geralmente tem um desenvolvimento lento e os sintomas iniciais podem ser: altos níveis de glicose no sangue, altos níveis de cetonas na urina, sede ou boca seca e micção (vontade de urinar) frequente. Além desses sintomas iniciais, podem surgir: cansaço constante, náuseas, vômitos, dores abdominais, pele seca, dificuldade de concentração, dificuldades respiratórias e odor ácido, conhecido como hálito cetônico (espécie de hálito forte cítrico). 

Para o diagnóstico, é feito o teste de cetonas na amostra de urina, além de testar os níveis glicêmicos. Também podem ser feitos outros exames, a pedido médico. O tratamento geralmente envolve uma combinação de abordagens para que haja a normalização dos níveis glicêmicos e de insulina no sangue. 

A causa base também deve ser tratada. Poderá ser feita a reposição dos fluidos (líquidos) para promover a diluição da quantidade de glicose sanguínea; a insulinoterapia administrada por via intravenosa para diminuir os níveis de glicose e a reposição de eletrólitos. Para prevenir a ocorrência da cetoacidose, algumas medidas importantes devem ser tomadas: manter o diabetes controlado, fazer o monitoramento constante dos níveis glicêmicos e estar preparado para agir o mais rápido possível na ocorrência, pois é um quadro de emergência e podem surgir muitas complicações. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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