DICA DE SAÚDE DA SEMANA
CONHEÇA A CETOACIDOSE DIABÉTICA
A
cetoacidose dá-se devido aos altos níveis de glicose na corrente
sanguínea. É uma condição grave do diabetes que pode levar ao coma ou à
morte. A insulina promove o
deslocamento da glicose da corrente sanguínea para as células corporais,
para dessa forma, gerar a energia necessária às atividades diárias.
Nos
casos de ausência da insulina, o nível de glicose aumenta na corrente
sanguínea, consequentemente as células padecem com a falta da energia;
diante dessa situação, o organismo faz "estoques de gordura" para evitar
que as células parem de funcionar e haja energia. Esse processo do uso
da gordura corporal como fonte de energia, gera a formação de cetonas
(corpos cetônicos), que são ácidos que ficam acumulados no sangue,
aparecendo assim, na urina; que em grande quantidade no organismo, podem
envenenar o corpo. A esse processo, dá-se o nome de cetoacidose
diabética, que é uma emergência que deve ser tratada de forma imediata.
Ela ocorre normalmente em pacientes portadores de diabetes tipo 1. Pode
ser desencadeada por vários fatores, como: problemas com a terapia de
insulina, doenças que provoquem a produção de níveis elevados de
hormônios como o cortisol e a adrenalina, além de febre alta, estresse,
trauma emocional ou físico, cirurgia, infarto e abuso de álcool e outras
drogas, principalmente a cocaína.
A
cetoacidose geralmente tem um desenvolvimento lento e os sintomas
iniciais podem ser: altos níveis de glicose no sangue, altos níveis de
cetonas na urina, sede ou boca seca e micção (vontade de urinar)
frequente. Além desses sintomas iniciais, podem surgir: cansaço
constante, náuseas, vômitos, dores abdominais, pele seca, dificuldade de
concentração, dificuldades respiratórias e odor ácido, conhecido como
hálito cetônico (espécie de hálito forte cítrico).
Para
o diagnóstico, é feito o teste de cetonas na amostra de urina, além de
testar os níveis glicêmicos. Também podem ser feitos outros exames, a
pedido médico. O tratamento geralmente envolve uma combinação de
abordagens para que haja a normalização dos níveis glicêmicos e de
insulina no sangue.
A causa base também deve ser tratada. Poderá ser
feita a reposição dos fluidos (líquidos) para promover a diluição da
quantidade de glicose sanguínea; a insulinoterapia administrada por via
intravenosa para diminuir os níveis de glicose e a reposição de
eletrólitos. Para prevenir a ocorrência da cetoacidose, algumas medidas
importantes devem ser tomadas: manter o diabetes controlado, fazer o
monitoramento constante dos níveis glicêmicos e estar preparado para
agir o mais rápido possível na ocorrência, pois é um quadro de
emergência e podem surgir muitas complicações.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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