DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ JÁ TEVE BICHO DE PÉ (TUNGÍASE)?
A tungíase consiste em uma parasitose. Causada por uma espécie de pulga, chamada Tunga penetrans, é conhecida
popularmente como bicho de pé. Ela tem como habitat natural o solo das
zonas arenosas.
O indivíduo é contaminado ao pisar nesse tipo de solo
sem proteção nos pés, onde a fêmea (que está grávida) penetra na pele,
liberando assim os ovos. O bicho de pé muito raramente é encontrado em
área urbana ou em lugares de clima mais frio; normalmente está presente
nos solos quentes e secos. Dessa forma, é de suma importância atentar
para as crianças que vivem nas comunidades carentes de recursos. Grande
parte dessas lesões surgem nos pés, entretanto há casos que também estão
presentes nas mãos.
Essas lesões podem se apresentar de forma única ou
numerosa. Normalmente começa como uma pápula pequena provocando prurido
(coceira), levando à uma infecção secundária. O diagnóstico geralmente é
dado através do histórico do paciente que teve contato com solos
contaminados. Além disso, basta o médico analisar a erupção cutânea, não
necessitando de outros exames para confirmação do diagnóstico. Para
tratar a tungíase, é necessário realizar a remoção do bicho de pé,
evitando assim infecções secundárias.
Há várias opções de tratamento:
medicações antiparasitárias orais ou tópicas (pomadas ou cremes),
remoção por pinça, crioterapia ou curetagem (nos casos em que não pode
ser removido à pinça, por estar cheio de sangue). Após a retirada do
bicho de pé, são aplicados antibióticos tópicos no local. Quando não é
tratada corretamente, a tungíase pode levar à necrose (morte) dos
tecidos, onde não há reversão; ou seja, se não for tratada, pode avançar
a ponto do paciente perder partes da pele ou até os dedos.
É importante
lembrar que sempre há o risco dessa erupção causada, ser uma porta de
entrada para bactérias, por exemplo. Para prevenir a tungíase é
importante a utilização de calçados fechados, além do uso de inseticidas
nas regiões afetadas. Medidas sanitárias e descontaminação dos locais
infestados também devem ser adotadas.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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