segunda-feira, 27 de novembro de 2017

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

O QUE É COLELITÍASE?


A colelitíase consiste na presença de cálculos, mais conhecidos como pedras, dentro da vesícula biliar. A vesícula é um órgão pequeno com formato de pera que se localiza próximo ao fígado. Ela tem a função de armazenar a bile (líquido amarelo esverdeado que é produzido pelo fígado e liberado na presença de alimentos, principalmente aqueles ricos em gorduras, com função de digerir as gorduras, além de auxiliar na absorção dos nutrientes e vitaminas). Ao entrar em contato com o alimento, a bile auxilia no processo de digestão que foi iniciado ainda no estômago.

Há três tipos de cálculos:
Cálculo de colesterol: é o tipo mais comum. Composto por colesterol e cálcio;
Cálculo de bilirrubinato de cálcio (cálculo preto): esse é o segundo tipo mais comum. Geralmente ocorre em doentes que apresentam hemólise (destruição das células vermelhas - hemácias);

Cálculo pigmentado marrom ou castanho: faz parte da minoria dos casos e não é formado na vesícula biliar, e sim no ducto colédoco.
Normalmente, o cálculo se dá devido ao aumento da concentração de colesterol e cálcio no interior da vesícula.

Muitos pacientes que apresentam cálculos na vesícula passam a vida toda e não apresentam nenhum sintoma; contudo nos casos em que há o aparecimento de sintomas, o principal é a cólica biliar que ocorre quando o cálculo fica preso na saída da vesícula por um período de tempo (entre 4 e 6 horas). Quando passa desse tempo, há um quadro chamado de colecistite (inflamação da vesícula). Essa cólica é caracterizada por uma dor contínua, aguda, localizada na região da vesícula, um pouco acima do umbigo que pode se irradiar para a escápula direita. Em muitos casos, a dor surge após uma refeição com alimentos gordurosos. A dor pode durar de 1 a 5 horas. Dificilmente uma crise durará mais que 24 horas ou durará menos que 1 hora. As cólicas se repetem em dias ou meses, geralmente o paciente apresentando uma crise por semana. Além das cólicas, podem surgir sintomas como náuseas e vômitos. A presença de febre e calafrios é rara. O paciente pode sentir dor durante uma palpação do quadrante superior direito do abdome, assim como na região epigástrica.

Quando há suspeita de colelitíase, o primeiro exame a ser solicitado é a ultrassonografia. Ela permite a visualização dos sistemas biliares e do fígado e pâncreas. Geralmente, exames laboratoriais não auxiliam no diagnóstico.

Se o paciente não apresentar sintomas, a colecistectomia (cirurgia para retirada da vesícula) não é indicada, exceto nos casos em que os cálculos apresentam um tamanho superior a 3 cm, associados a pólipos ou alguma anomalia congênita da vesícula. Em pacientes com cólicas biliares presentes, há indicação da cirurgia.  A colecistectomia pode ser realizada pela técnica convencional (aberta), onde há uma incisão (corte) abdominal ou por videolaparoscopia (feita através de pequenos orifícios. É menos invasiva que a convencional). Tem melhores resultados estéticos.

Para aqueles pacientes que se recusam a ser submetidos ao procedimento cirúrgico, ou têm grandes riscos operatórios, pode ser realizada a litíase vesicular (uma espécie de fragmentação dos cálculos) por ingestão de medicamentos; ou pode ser feita a litotripsia extracorpórea através de ondas de choque no corpo para auxiliar na desobstrução e dissolução dos cálculos.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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