segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

ABORTO ESPONTÂNEO


O aborto espontâneo é considerado a complicação mais comum de uma gravidez precoce. A medida que a idade gestacional aumenta, a frequência do aborto espontâneo reduz. É caracterizado pela perda da gravidez antes da 20ª semana de gestação; a maior parte dos abortos espontâneos acontece pois o feto não está com o desenvolvimento adequado, e as causas, muitas vezes, são difíceis de determinar. 

O aborto apesar de ser uma experiência comum, não é nada fácil; dessa forma, pode ser necessário um suporte psicológico para a mãe superar a perda do bebê. Dentre as possíveis causas de um aborto espontâneo, estão: genes ou cromossomos anormais (erros que ocorrem por acaso conforme o embrião se divide e cresce) e as condições da sáude da mãe. É importante saber que pequenos sustos, relações sexuais, exercícios físicos, quedas da própria altura e o trabalho (quando não há exposição a produtos químicos ou radiação), não provocam um aborto espontâneo. 

Dentre os principais fatores de risco estão: abortos anteriores, idade materna (quanto maior, mais risco), condições crônicas de saúde da mãe, vícios, problemas cervicais ou uterinos, testes pré-natais invasivos e o peso da mãe (baixo peso ou excesso de peso podem ser arriscados). A maioria dos abortos espontâneos acontece antes da 12ª semana de gestação; muitas vezes a mulher pode nem saber que sofreu o aborto, quando ele ocorre nas primeiras seis semanas. Entretanto, dentre os sinais e sintomas que podem ocorrer estão: diminuição dos sinais da gravidez (perda de sensibilidade mamária e náuseas), sangramento vaginal, acompanhado ou não de cólicas, dor lombar de leve à intensa e presença de coágulo sanguíneo ou jato de líquido claro ou rosa saindo pela vagina. 

É importante lembrar que a maioria das mulheres que apresentam sangramento vaginal no primeiro trimestre tem gestações bem sucedidas. Possíveis diagnósticos médicos são: Ameaça de aborto: há sangramento, mas não há dilatação do colo do útero. Esse tipo de gravidez pode prosseguir sem qualquer problema. Aborto inevitável: há sangramento e o útero está se contraindo e o colo dilatado. O aborto é inevitável. Aborto incompleto: há expulsão de algum material fetal ou placenta, mas alguns restos ainda ficam no útero. Aborto retido: os tecidos placentários e embrionárias permanecem no útero, mas o embrião já morreu ou nunca se formou. Aborto completo: expulsão de todos os tecidos da gravidez. 

Isso é comum para abortos ocorridos antes das 12 semanas. Aborto séptico: desenvolvimento de uma infecção no útero, o que pode ser uma infecção muito grave, que exige atendimento imediato. É possivel engravidar novamente após um aborto espontâneo; para isso é preciso estar fisicamente e emocionalmente pronta. O aborto geralmente é uma ocorrência única. Menos de 5% das mulheres têm dois abortos consecutivos e só 1% têm três ou mais consecutivos. Quando isso ocorre, é importante considerar fazer exames para identificar as causas subjacentes. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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