domingo, 17 de junho de 2018

O CAMINHO SOMBRIO PARA SUICÍDIO DE PASTORES

POR QUE PASTORES SE DEPRIMEM? COMO PODE UM HOMEM DE DEUS FICAR TÃO ABATIDO ASSIM?


De acordo com o Instituto Schaeffer, “70% dos pastores lutam constantemente contra a depressão, 71% se dizem esgotados, 80% acreditam que o ministério pastoral negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo”.
A causa mais comum noticiada para o suicídio de pastores e líderes é a depressão, associada a esgotamento físico e emocional, traições ministeriais, baixos salários e isolamento por falta de amigos.

DEPRESSÃO:
Por que pastores se deprimem? Como pode um homem de Deus ficar tão abatido assim?

– A Bíblia menciona homens e mulheres fiéis que ficaram neste estado e que desejaram morrer — entre esses estão Rebeca, Jacó, Moisés e Jó. — Gn 2522; 37.35; Nm 11.13-15; Jó 14.13. Especialmente Elias (1 Reis 19.4)
– Elias teve um ministério de sucesso: previsão da seca; ressuscitou uma criança; enfrentou os profetas de Baal; etc.
– Tinha vigor físico – correu à frente do carro de Acabe (1 Reis 18.46) – ou seja, não tinha problemas físicos;
– Uma ameaça real – jurado de morte – fez perder o sentido da vida em um escalonamento (1 Reis 19.3 e 4):
  • Preocupação com a vida
  • Isolamento social
  • Desistência da vida
– O medo de perder a vida paradoxalmente o fez perder o sentido da vida
– Escalonamento de vitimização:
  • Ocorre em relacionamentos simétricos quando não há concordância sobre as posições de superioridade e sujeição na relação
  • Podem brigar pelo controle em suas posições (de superioridade ou sujeição) – existe pouco consenso em relação às posições e ambos acabam se sentindo vítimas
  • A escalação sacrificial se dá quando quem ganha perde
– Ameaças reais que se interpõe na vida cotidiana – podem ser o ‘gatilho’ para desencadear a falta de desejo pela vida:
  • falência financeira
  • término de um relacionamento amoroso – divórcio
  • perda do emprego
  • perda de uma pessoa amada, de um filho
  • fracasso profissional – injustiças
  • abandono social – falta de amigos

ESGOTAMENTO FÍSICO E EMOCIONAL:
Descanso e saúde:
– Trabalho e descanso marcam um ritmo vital
  • São atitudes complementárias
  • Uma iniciativa humana que se articula complementarmente através do “descanso” com a natureza própria da vida
– Quando o homem descansa, ele não interrompe sua tarefa vital, apenas a significa
  • Outorga um sentido – trabalha confiante que sua tarefa é um prolongamento de uma bondade que se afirma no próprio Deus
  • O trabalho do homem não se assegura em um rendimento transacional, mas em uma mutualidade originada na doação do tempo que cada um de nós recebe com um presente.
– Descansar é um comportamento que surge de estar existencialmente “confiado”:
  • Crer que cada um faz o que faz a partir de uma “boa vontade”, ou seja, da própria espontaneidade da vida
  • É deixar que a beleza da rosa o atravesse, enquanto se trabalha e criar com o martelo que labora os ritmos de descanso que o florescer da rosa convida
  • Descansar é imprescindível para uma vida saudável:
    • Descansar significa “ser capaz de distanciar-se daquilo que nos torna obsessivos”
    • Esta disposição está ligada à nossa corporalidade e é independente de nossa vontade – não pode ser fabricado, apenas chega a nós
    • O descanso é aquilo que nos faz dormir em paz
  • As manobras da sociedade de consumo:
    • A tentativa de descanso através da “prótese”: excesso de álcool, tranquilizantes, compulsões (do turismo merecido até a religião tóxica, passando por uma sexualidade de performance)
  • O descanso é como uma visita que realça a hospitalidade própria do amor, criando uma nova fecundidade onde o cansaço havia obscurecido a esperança
  • Em síntese: descansar é RE-VIVER!

FALTA DE AMIGOS:
  • Pastores têm poucos amigos, às vezes nenhum.
  • Em reuniões exclusivas para pastores, a maioria conta proezas, sucessos, vitórias e conquistas na presença dos demais, num clima de competição para mostrar que possui êxito no exercício ministerial.
  • Na conversa íntima dos consultórios, o sofrimento se revela.
  • Pastores contemporâneos são cobrados como – e muitos se sujeitam a ser – executivos que precisam oferecer resultados numéricos às suas instituições.
  • Há uma relação circular perversa de falso significado de sucesso: pastor e instituição se conluiam em uma rota autodestrutiva
  • A figura do pastor-pai-cuidador está escassa; aquele que expõe a Palavra à comunidade-família, aconselha os que sofrem e cuida dos enfermos e das viúvas.
  • Há uma crise de identidade funcional entre o chamado pastoral e as exigências do mercado religioso institucional.

Fonte: http://ultimato.com.br/



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