Esses dias eu ouvi essa frase do título de um amigo
e ficou guardada no meu coração. Então, decidi buscar melhor em Deus o que isso
significava realmente, pois eu senti que era Ele falando comigo através desse
amigo, que era Ele me lembrando do meu valor e daquilo para o qual eu fui
ungida no Espírito.
Unção
“Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo.
Ele nos ungiu, nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos
corações como garantia do que está por vir”.
2
Coríntios 1:21,22
Essa palavra significa ungir, aplicar óleo
consagrado numa pessoa. No sentido religioso a unção é praticada com o intuito
de exercer influência espiritual, por vezes com a finalidade de abençoar ou
mesmo curar. Uma pessoa ungida está sob proteção divina e a unção pode curar
alguma enfermidade física ou espiritual, trazendo transformação através do seu
chamado.
Uma negociação disso seria abrir mão
dela por outra coisa. Algo inegociável é aquilo que não trocaríamos ou
venderíamos por nada, pois aquele é o valor máximo para nós e nada seria grande
o bastante para ser passível de uma troca.
O momento
nos cega
“Não negligencie o dom que lhe
foi dado por mensagem profética… Seja diligente nestas coisas. Dedique-se
inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso”.
1 Timóteo 4:14-15
Em alguns momentos na vida
nós abrimos mão de bênçãos e da unção que Deus derrama sobre nós por coisas
momentâneas.
Trocamos por algo que aos
nossos olhos faça sentido, que desperte um desejo muito grande em nosso coração
em determinado momento. Tem coisas que roubam a nossa atenção do que Deus
derramou sobre nós e acabamos enxergando apenas determinado desejo que temos. E
assim, vamos nos afastando do que Ele deseja para nós.
Falo no plural pois muitas
vezes eu já fiz isso e preciso me incluir aqui. Negociei meus valores e minha
unção por pouco, deixei de lado o que Deus derramou sobre mim por detalhes
momentâneos que logo sumiriam.
Não faça como Esaú
Gênesis 25 conta que, enquanto Jacó cozinhava,
Esaú chegou do campo onde estava trabalhando. O irmão chega cansado e faminto e
pede para que Jacó lhe dê um pouco de comida.
Jacó então
diz: “Venda-me
primeiro o seu direito de filho mais velho” (verso
31).
Na época, O filho primogênito recebia
a benção familiar que resultava em uma liderança espiritual e social. Ele
também tinha um benefício especial em relação à herança dos pais.
Naquele momento, Jacó
estava pedindo a Esaú que negociasse sua unção de primogenitura, pedindo para
que, em troca de um prato de comida, ele o entregasse seus direitos de
primogênito, e literalmente negasse quem ele era, negligenciando o que Deus o
ungiu para ser.
Cale a
cobiça
“Então disse Jacó: ‘Jura-me
hoje’. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. E Jacó deu pão a Esaú e
o guisado de lentilhas. E ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim
desprezou Esaú a sua primogenitura”.
Gênesis 25:33,34
A fome de Esaú era tanta,
que o cegou de todo o restante. Ele não enxergou o peso daquilo, não entendeu
do quanto estava abrindo mão. Naquela hora ele estava negando quem ele era e
decidindo se afastar das bênçãos entregues a ele por Deus e por seu Pai Isaque.
Não negocie sua unção por
um prato de lentilhas. Essa história nos ensina isso. Não deixe que as
tentações do mundo (em qualquer que seja a área ou o momento) te afaste do que
Deus te ungiu para ser. A cobiça do nosso coração humano nos seduz e encanta,
para depois confundir e distrair daquilo que realmente importa.
O “depois” chega
“Antes que tu viesses, e
abençoei-o, e ele será bendito’. Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou
com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: ‘Abençoa-me também a mim, meu
pai’. E ele disse: ‘Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção”
Gênesis 27:33-35
Esaú negligenciou tudo
aquilo que ele era. Deixou para trás o banquete que ele tinha por toda a vida,
por um prato pequeno de comida que logo acabou.
No momento em que
negociamos certas coisas, o sentimento é de que fizemos a escolha certa. Mas
então nós comemos, nos fartamos daquela fome específica, e o “depois” chega. É
nessa hora que nos arrependemos. A fome de Esaú já havia passado, ele já estava
de estômago cheio, e então pode ver com maior clareza o peso daquilo que
acabara de jogar fora.
Não espere
o “depois” chegar para você entender a importância da unção que Deus derramou
em você. Ele te separou para algo muito maior do que aquilo que o seu momento
te faz desejar e enxergar. Não troque o Reino por um beco.
Fonte: https://bibliajfa.com.br
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