segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ SABE O QUE É CONCUSSÃO CEREBRAL?


A concussão se caracteriza por um tipo de traumatismo craniano que provoca uma perda temporária da consciência, pois o paciente fica desacordado por alguns segundos. Normalmente a recuperação é completa; o paciente pode ter apenas um certo esquecimento do que ocorreu momentos antes ou depois da lesão. 

A concussão é provocada por uma pancada forte na cabeça e em muitos casos não existem sinais externos do trauma. A concussão pode afetar a memória, os reflexos, o equilíbrio, a fala, o julgamento e até mesmo a coordenação muscular da vítima. Por esse motivo, até as concussões leves devem ser levadas a sério. 

O nosso cérebro tem uma consistência parecida com uma gelatina e está protegido dentro do crânio envolvido no líquor (líquido cefalorraquidiano), assim um forte golpe na cabeça, no pescoço ou na parte superior do corpo pode provocar um deslizamento cerebral contra as paredes internas do crânio; o que pode resultar em uma lesão que afeta a função do cérebro, por um período limitado, provocando sinais e sintomas da concussão. Uma lesão cerebral desse nível pode causar uma hemorragia em torno do cérebro, levando à sonolência prolongada e confusão mental. 

O sangramento pode ser fatal à vítima, por isso, qualquer pessoa que recebe uma pancada forte na cabeça precisa de acompanhamento nas horas seguintes ao ocorrido e de atendimento de urgência, caso haja piora dos sintomas. Existem fatores que aumentam as chances de ter uma concussão cerebral, como: história pessoal de concussão, quedas (principalmente em idosos), acidentes de trânsito, ser vítima de abuso sexual, ser soldado em combate e praticar esportes de queda ou de impacto. 

Os sintomas de uma concussão podem não ocorrer logo após o trauma; existem casos que podem levar dias até ser percebida alguma mudança; mas existem sintomas principais que devem ser observados: perda de memória recente, confusão e dificuldade de concentração, incapacidade de manter um fluxo de pensamento coerente e incapacidade de fazer uma sequência de movimentos guiados por objetos. Além desses principais, outros sintomas podem estar presentes: náuseas e vômitos, problemas na visão, tontura, dor de cabeça, fotofobia, zumbido no ouvido, desequilíbrio e até mesmo perda da visão e/ou olfato. 

A concussão cerebral comumente ocorre em crianças pequenas e nem sempre o bebê ou a criança saberá dizer o que está sentindo, por isso deve-se observar o comportamento dela para identificar a concussão. É importante ficar atento aos sintomas: choro excessivo, mudança nos padrões de sono e alimentação, perda do equilíbrio ou andar instável, irritação e mau-humor, cansaço aparente, agitação e perda do interesse em brinquedos e jogos favoritos. É importante buscar atendimento médico se a criança sofreu algum ferimento ou colisão na cabeça, mesmo que o atendimento de emergência não seja preciso. 

No caso dos adultos, deve-se buscar atendimento de urgência quando apresentam sinais como perda da consciência por mais de 30 segundos, vômitos repetidos, fala arrastada ou alterações na fala, dor de cabeça que piora com o passar do tempo, confusão mental ou desorientação, alterações de comportamento e mudanças na coordenação física. É de suma importância ressaltar que não deve-se voltar a treinar ou jogar enquanto sinais de uma concussão estão presentes. O ideal é que o atleta só volte às suas atividades de costume após uma avaliação por profissionais de saúde devidamente treinados. Descansar é a melhor maneira de se recuperar de uma concussão; portanto é imprescindível evitar o esforço físico e mental até o fim dos sintomas. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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