segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A LAQUEADURA

Também conhecida como esterilização feminina, a laqueadura consiste em um procedimento em que há a interrupção das trompas ou tubas uterinas de maneira definitiva. São nas trompas que ocorre a fecundação (encontro entre o óvulo e o espermatozoide); dessa forma, obstruindo a trompa, a fecundação fica inviável, impedindo a mulher de engravidar. 

Atualmente existe um dispositivo chamado de stent tubário, material semelhante a uma mola que é inserido na trompa com a mesma função de obstrução. A laqueadura tubária é uma opção viável para a mulher que opta por uma anticoncepção definitiva. Apesar do procedimento ser definitivo, o casal ainda pode ter filhos pelos métodos de fertilização. Algumas condições são contraindicadas para a realização do procedimento, como infecções que impeçam a colocação do stent tubário e doenças que não permitam a realização de uma cirurgia. Alguns exames são solicitados pelo médico antes de realizar o procedimento. 

São eles, exames clínicos ginecológicos, teste de gravidez, avaliação cardiológica, ultrassonografia pélvica, citologia (papanicolau) e pesquisa para infecção ginecológica. Antes da cirurgia também são tomadas algumas medidas importantes; a paciente deve assinar um termo de consentimento livre e esclarecido dentro dos artigos da Lei 9.263/96 que se refere ao planejamento familiar, deve passar por uma avaliação psicológica individual e como casal, caso seja preciso, e deve realizar um jejum de pelo menos oito horas. 

A laqueadura pode ser feita de diferentes maneiras: por via abdominal aberta (incisão abdominal ou laparoscopia), por via vaginal ou por meio da histeroscopia. Para a cirurgia a anestesia pode ser geral ou por bloqueio (raquidiana) com ou sem sedação. Para colocação do stent tubário não há necessidade de anestesia. O procedimento dura cerca de 40 minutos, podendo esse tempo, variar de acordo com cada caso. Se for realizada apenas a colocação do stent, o tempo é menor. Pesquisas mostram que cerca de 3% a 25% das mulheres que fazem esse procedimento, se arrependem e 2% delas procura algum tipo de reversão. Por isso é muito importante que a paciente esteja certa e consciente das consequências do procedimento.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



Nenhum comentário:

Postar um comentário