DICA DE SAÚDE DA SEMANA
SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A LAQUEADURA
Também
conhecida como esterilização feminina, a laqueadura consiste em um
procedimento em que há a interrupção das trompas ou tubas uterinas de
maneira definitiva. São nas trompas que ocorre a
fecundação (encontro entre o óvulo e o espermatozoide); dessa forma,
obstruindo a trompa, a fecundação fica inviável, impedindo a mulher de
engravidar.
Atualmente existe um dispositivo chamado de stent tubário,
material semelhante a uma mola que é inserido na trompa com a mesma
função de obstrução. A laqueadura tubária é uma opção viável para a
mulher que opta por uma anticoncepção definitiva. Apesar do procedimento
ser definitivo, o casal ainda pode ter filhos pelos métodos de
fertilização. Algumas condições são contraindicadas para a realização do
procedimento, como infecções que impeçam a colocação do stent tubário e
doenças que não permitam a realização de uma cirurgia. Alguns exames
são solicitados pelo médico antes de realizar o procedimento.
São eles,
exames clínicos ginecológicos, teste de gravidez, avaliação
cardiológica, ultrassonografia pélvica, citologia (papanicolau) e
pesquisa para infecção ginecológica. Antes da cirurgia também são
tomadas algumas medidas importantes; a paciente deve assinar um termo de
consentimento livre e esclarecido dentro dos artigos da Lei 9.263/96
que se refere ao planejamento familiar, deve passar por uma avaliação
psicológica individual e como casal, caso seja preciso, e deve realizar
um jejum de pelo menos oito horas.
A laqueadura pode ser feita de
diferentes maneiras: por via abdominal aberta (incisão abdominal ou
laparoscopia), por via vaginal ou por meio da histeroscopia. Para a
cirurgia a anestesia pode ser geral ou por bloqueio (raquidiana) com ou
sem sedação. Para colocação do stent tubário não há necessidade de
anestesia. O procedimento dura cerca de 40 minutos, podendo esse tempo,
variar de acordo com cada caso. Se for realizada apenas a colocação do
stent, o tempo é menor. Pesquisas mostram que cerca de 3% a 25% das
mulheres que fazem esse procedimento, se arrependem e 2% delas procura
algum tipo de reversão. Por isso é muito importante que a paciente
esteja certa e consciente das consequências do procedimento.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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