A repressão às instalações religiosas perto de escolas alcança seu nível mais alto, desde a Revolução Comunista.
A China empreende mais um capítulo na perseguição ao Cristianismo. Desta vez, com a justificativa de "proteger" menores e estudantes de religião, as autoridades criaram regulamentações que proíbem igrejas próximas das escolas. As exigências também atingem universidades com intimidações aos alunos e professores.
A repressão às igrejas ao redor de escolas pode ser atribuída ao controle do governo chinês sobre a fé religiosa de estudantes (menores e adultos) e alcançou seu nível mais alto desde a Revolução Cultural Chinesa, realizada por Mao Tsé-tung, que agitou a China entre 1966 e 1976.
Além de proibir as instalações religiosas perto das escolas, os regulamentos determinam investigar as crenças dos estudantes e seus pais; proibindo os menores de acreditarem em Deus; e fechando as escolas dominicais.
Zonas livres de igrejas
O governo chinês declarou que as escolas são "zonas livres" de igrejas e está tomando medidas para impor sua vontade. A ação faz parte do Plano de Implementação sobre a Governança Especial de Locais de Encontro Cristãos Privados, que foi publicado pelo departamento de Assuntos Étnicos e Religiosos de uma cidade no norte da província de Shanxi.
O documento também pede a "remediação centralizada" de locais de reuniões religiosas perto de faculdades e universidades (a remediação é um eufemismo para remover as igrejas não desejadas). Isso significa que as igrejas já existentes são forçadas a fechar suas portas.
"Todos os locais de reunião cristãos particulares em torno de universidades e faculdades, como bem como em locais de atividades no campus, devem ser fechados de acordo com a lei. A crítica e a (re) educação dos professores e alunos participantes devem ser levadas a cabo pelas autoridades escolares", diz o documento.
Lista dos cristãos
O plano atinge até mesmo as igrejas aprovadas pelo governo. Se estiverem perto de escolas, deverão fechar.
A Igreja Three-Self, na cidade de Longyan, no sudeste da Província de Fujian, foi fechada devido à sua proximidade a uma universidade. De acordo com fontes, as autoridades de Assuntos Religiosos também exigiram que o responsável pela igreja fornecesse uma lista de estudantes universitários que participavam de cultos cristãos.
Os crentes estão preocupados que o governo use a lista para afetar as perspectivas de emprego dos estudantes no futuro.
Ao encerrar um local de encontro religioso, o governo emite uma "declaração de responsabilidade". Um documento, emitido pelas autoridades de um condado em Henan, dizia: "Este local de encontro é um local aprovado, mas porque estava muito perto de uma escola foi fechado em agosto de 2018".
Autoridades governamentais responsáveis?? Por este assunto prometeram que "não haverá reversão da decisão no futuro".
Crianças
Os locais de reunião nas províncias de Hebei, Shanxi e Shandong também foram fechados pelo governo devido à sua proximidade de escolas ou jardins de infância.
Em agosto de 2018, o Departamento de Educação do Distrito de Chengyang, na cidade de Qingdao, na província de Shandong, na costa leste da China, recebeu uma queixa de que havia um local de encontro em frente a uma escola intermediária.
O pessoal do governo correu para o local da reunião da igreja, exigiu que a cruz e a sinalização cristã fossem removidas imediatamente, e então lacrou e fechou a igreja com base no fato de que “locais de reunião não são permitidos perto de escolas”.
Um crente disse: "Por ser tão rigoroso na prevenção de menores de acreditar em Deus, o Partido Comunista Chinês está buscando cortar as raízes para que a próxima geração perca a fé".
Em outubro de 2018, um local para reuniões de igrejas domésticas na cidade de Bazhou, na província de Hebei, perto de Pequim, também foi desativado devido à sua proximidade a um jardim de infância.
O estado parece estar tentando impedir a próxima geração de conceber a ideia de religião.
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