DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ SABE O QUE É CATALEPSIA?
Desde o século XIX,
 já eram registrados casos de pessoas enterradas vivas; na verdade essas
 pessoas sofriam de catalepsia. Infelizmente essa patologia ainda não 
era conhecida devido à falta de conhecimento clínico e técnico para o 
diagnóstico. 
A catalepsia consiste em uma condição transitória em que o 
paciente perde a capacidade de movimentar seus membros e sua cabeça, 
além de perder a capacidade da fala. Como a catalepsia também afeta a 
respiração, muitas vezes é confundida com a morte. Geralmente um 
episódio de catalepsia dura cerca de 1 a 10 minutos, mas existem casos 
em que pode chegar a durar alguns dias. 
Essa doença geralmente é 
desencadeada devido à excitação emocional. A incapacidade de regulação 
do sono e do estado de vigília atinge diretamente os movimentos. Há uma 
perda natural do tônus muscular durante o estágio do sono chamado de REM
 (rapid eye movement - movimento rápido dos olhos), entretanto na 
catalepsia isso ocorre de forma ab-rupta durante o dia, provocando uma 
paralisia total no paciente. Cada paciente responde aos ataques de um 
forma, podendo haver uma breve sensação de fraqueza até mesmo um colapso
 físico total. Diferente da catalepsia, a narcolepsia envolve sonolência
 excessiva durante o dia, alucinações e sono REM. 
Enquanto a narcolepsia
 é uma doença rara, a catalepsia é um fenômeno normal no paciente que 
sofre de privação de sono, sono irregular e/ou faz uso de álcool e 
drogas. Existem dois tipos de catalepsia: a patológica e a projetiva. A 
patológica tem os sintomas relacionados a alguma doença, como depressão,
 esquizofrenia e alcoolismo. A projetiva também pode ser chamada de 
paralisia do sono, ocorrendo como um fenômeno natural, benigno e 
temporário.
As
 causas ainda são desconhecidas, e ela pode ocorrer em episódios 
isolados ou associada à privação do sono, estresse, álcool e drogas. 
Algumas condições aumentam o risco de desenvolver essa doença, como 
alimentação muito farta à noite, uso de bebidas alcoólicas à noite, 
bebidas estimulantes, atividades intensas noturnas e o estresse. O 
diagnóstico da catalepsia se baseia nos sintomas apresentados pelo 
paciente. Exames podem ser necessários apenas para excluir outros 
diagnósticos como a epilepsia, por exemplo. 
O tratamento requer uso de 
antidepressivos ou agentes hipnóticos que ajudam na consolidação do 
sono. Contudo, a forma mais adequada de tratar esse problema é mantendo o
 sono regular e evitando sua privação. A catalepsia não apresenta cura 
pois é um fenômeno natural, entretanto o uso de medicamentos e as 
adaptações no estilo de vida conseguem controlar os sintomas.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino


 




