Podemos nos tornar resistentes à voz de Deus quando deixamos o orgulho,
a mágoa ou a incredulidade dominarem.
Um coração endurecido é como uma terra seca, incapaz de receber a
semente da Palavra e produzir fruto. O perigo está em nos acostumarmos a viver
longe da presença de Deus. Endurecer o coração não acontece de uma vez, mas aos
poucos, quando resistimos à voz daqu’Ele que deseja nos transformar.
Deixando de ouvir
“Por
isso é que se diz: ‘Se hoje vocês ouvirem a Sua voz, não endureçam o coração,
como na rebelião’”.
Hebreus 3:15 (NVI)
O endurecimento do coração começa quando paramos de ouvir. Deus fala de
muitas formas. Sua voz está presente na Palavra, na oração, nas circunstâncias,
ou por meio de pessoas, mas quando ignoramos Seus avisos, o coração começa a se
tornar insensível. O coração endurecido não é aquele que não ouve, mas o que
ouve e decide não se render, ou que não está sensível para discernir.
Foi isso que aconteceu com Faraó no Egito. Mesmo diante dos sinais e
maravilhas, ele insistiu em resistir à vontade de Deus. O resultado foi a
ruína. Assim também, quando insistimos em manter o controle da nossa vida e
negar o agir do Espírito, começamos a afastar-nos da direção divina.
Manter o coração sensível à voz
de Deus é um exercício diário. Requer arrependimento, humildade, oração e
disposição para obedecer. Deus fala, mas só ouve e segue quem está disposto a
se render.
Distraídos da
presença
“Por causa da multiplicação da
iniquidade, o amor de muitos esfriará.”
Mateus
24:12 (NVI)
O
pecado endurece o coração, isso é fruto de uma série de escolhas que nos
afastam de Deus. Ele mancha e insensibiliza. Quando mantemos os “pecados de
estimação” sem buscar nos desprender deles, ou no momento em que justificamos
nossos erros ao invés de reconhecê-los e mudar.
Jesus
nos alertou que, nos últimos dias, o amor de muitos esfriaria, e isso é
resultado direto de corações endurecidos. Quando nos fechamos para Deus,
barramos também a Sua palavra e Sua igreja.
É nesse momento em que criamos
uma falsa sensação de poder próprio. Quando achamos que sabemos mais do que
Deus e não aceitamos correção. Provérbios 16:18 nos lembra que “a soberba
precede a ruína”, e é exatamente o que ocorre com quem resiste ao toque do
Espírito Santo. O orgulho é um dos maiores causadores e potenciadores dessa
rigidez espiritual.
O
inimigo não pode nos tocar, então uma de suas maiores estratégias é mudar o
ambiente para nos levar a endurecer o coração. Ele quer que paremos de sentir,
ouvir, buscar e obedecer. Isso nos distrai e nos tira do caminho.
Para
manter um coração sensível, precisamos constantemente ser dependentes da graça.
Buscar a presença, perdoar, servir, amar e nos humilhar diante de Deus, isso
permite que o coração seja moldado por Ele.
Um coração
novo
“Dar-vos-ei coração novo, e
porei dentro de vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos
darei um coração de carne.”
Ezequiel
36:26 (ACF)
Deus
é especialista em restaurar corações, curando e purificando-nos.
Cristo,
por meio do Espírito Santo, nos deu uma nova natureza, e constantemente derrama
essa graça sobre nós.
Não há coração tão endurecido que o amor de Deus não possa quebrar.
Mesmo quando achamos que não há mais solução, o Espírito Santo trabalha com
paciência e amor. E então, quando nos quebrantamos, a presença de Deus volta a
fluir livremente e, ao permitirmos, começamos a ter nosso espírito
verdadeiramente transformado.
A verdadeira força está em sermos humildes diante de Deus. Permitir que
Ele toque todas as áreas da nossa vida, até as mais difíceis para nós, é o
primeiro passo para experimentar a verdadeira liberdade espiritual. O coração
que se deixa moldar é aquele que mais se parece com o coração de Cristo e
conhece o que é ser livre.
Deus, em Sua infinita bondade e graça, sempre nos chama de volta,
oferecendo perdão e renovação. Um coração obediente não é fraco, mas se torna o
mais forte, porque é cheio da presença daqu’Ele que o criou.
Fonte: https://bibliajfa.com.br/

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