Eu já ouvi algumas pessoas falando que se você tem
certeza da sua salvação, é errado temer a morte. É importante sabermos que o
medo é um sentimento natural, ele aparece sempre que algo ameaça nosso presente
ou futuro. O cuidado de nós mesmos para com a nossa vida, pode fazer despertar
essa sensação.
Vivendo
o agora
Recentemente perdemos um grande jornalista
brasileiro, o famoso Jô Soares. Em uma das entrevistas que ele fez há alguns
anos, ele falou a seguinte frase:
“Eu não tenho medo de morrer, eu tenho
pena”.
A vida possui tantas possibilidades, somos tão
acostumados a pensar no amanhã e programar até o ano que ainda nem começou. Nós
somos feitos de “agoras”, mas esses “agoras” sempre levam ao amanhã, e imaginar
esse ciclo terminando em algum momento, muitas vezes pode nos desesperar.
Criados para o “sempre”
“Ele fez tudo apropriado a seu
tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”
Eclesiastes 3:11
O ser humano foi criado por
um Ser eterno. Nós fomos criados para a eternidade, ela mora em nosso coração.
Aceitar algo que seja menos que isso, não está em nossa configuração. Olhar
para um mundo tão grande e pensar que não teremos tempo terreno para ver tudo,
nos faz esquecer da promessa da eternidade n’Ele.
Eu particularmente não vejo
esse sentimento de querer viver um pouco mais aqui como sendo algo pecaminoso,
o problema principal é quando temos mais medo de perder nossa vida física e os
prazeres que nela podemos ter do que de perder nossa vida eterna e espiritual.
Vida espiritual vs. Vida física
Jesus disse em Mateus
16:25 – “Porque aquele que quiser
salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim,
acha-la-á.”
Jesus associa o “perder a
vida” a não vivermos para os prazeres da vida terrena. Ao perdemos a vida
finita, nesse sentido, e ao vivermos a vontade de Deus encontramos a vida
espiritual e eterna em Jesus.
Deus criou o mundo com vastas
possibilidades para que tivéssemos vida, mas vida em abundância. Isso quer
dizer que qualquer coisa que seja contrária a uma vida com Deus, que nos traz
benefícios para a eternidade, é morte.
Se Deus, como
dito no texto de Eclesiastes, plantou eternidade em nosso coração, isso significa
que tudo que vivemos na terra precisa também gerar frutos para a eternidade.
E se não gera, torna-se apenas um prazer terreno para nós mesmos, o que leva a
uma morte de espírito.
Infelizmente, podemos optar
por viver nossa vida aqui na terra para os nossos prazeres, ou seja, ganhar a
vida aqui na terra, pela perspectiva humana. Contudo, perdê-la espiritualmente.
Mas muito melhor é morrer fisicamente do que perdermos nossa vida eterna e
espiritual. O apóstolo Paulo chegou a afirmar que o morrer (físico) era lucro,
pois ele desejava partir para estar com Cristo. Ao mesmo tempo, ele também
encontrava satisfação em viver (fisicamente) para Cristo e poder gerar fé e
alegria no coração de mais pessoas. Ou seja, o viver aqui na terra também nos
gera alegria.
Filhos da ressurreição
“Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a
ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem
vive e crê em mim, não morrerá eternamente…”
João 11:25,26
Jesus é a ressurreição. Ele foi a prova clara de
que, quando estamos com Deus, a morte não é um ponto final, é o início da
eternidade já colocada em nós.
Aproveite cada dia. Cada passo que você dá. Viva
intensamente. Mostre para as pessoas como está tudo bem ter sentimento de
saudade quando pensamos que um dia o momento terreno acabará, mas ao mesmo
tempo mostre que se vivemos aqui focados em Deus, entendemos que nunca haverá
realmente um fim e que a linha de chegada é o Eterno.
Fonte: https://bibliajfa.com.br/
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