sexta-feira, 30 de setembro de 2022

 Não despreze seu “nada”

Sinto que muitas vezes a gente acaba deixando um pouco de lado o texto de Gênesis 1. Talvez por nós enxergarmos esse texto apenas como uma “Check-list” do que foi feito.

Ouvi uma palavra esses dias que me marcou muito e quero te convidar a enxergar de forma mais profunda os primeiros versos da bíblia assim como os meus olhos se abriram também.

Algo é criado para algo ser formado

O verso 1 do capítulo 1 diz: “No princípio criou Deus o céu e a terra”. Um pouco depois, no verso 7 do versículo 2, vemos o seguinte trecho: “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra”.

Percebeu alguma diferença entre os dois trechos? No primeiro é usado o termo Criou e depois o termo “Formou. E não é por acaso.

 

Não se pode criar nada daquilo que já existe. Quando algo já existe, apenas damos uma forma diferente àquela matéria. Uma cadeira, por exemplo, não é criada, ela é formada através da madeira, que já existe. A terra foi criada, pois não existia nenhuma matéria anterior para que ela se formasse.

Não existia o cargo de governador antes de José, apenas existia o Faraó. Deus preparou um lugar para José, um lugar criado onde nada existia.

Haja potencial!

Nós não devemos desprezar o “nada”, porque é lá onde Deus cria. Mas também não menospreze algo que já existe, pois foi do pó em que pisamos que Deus formou o homem.

Sobre isso, existe um outro detalhe diferente em um dos primeiros textos também. Ao criar a terra o Senhor diz Haja luz, no verso 2. Mas no verso 11, Ele fala: Produza a terra erva verde“.

 

No verso 11 Ele não formou nem criou, nem ordenou o surgimento, mas mandou a terra produzir. Nesse momento nós podemos entender algo muito profundo que mudou minha visão sobre muitas coisas.

Ele não disse “Haja vegetação” pois Ele já havia derramado sobre a terra um potencial de produção. Ele não vai fazer surgir em sua vida algo que Ele já te deu. Ele não vai fazer surgir a capacidade para produzir e formar que você já recebeu.

Não foque na falta

Não é porque a terra estava sem forma e vazia, como diz no verso 1, que não existia um potencial para que ela fosse criada.

A condição de vazio ou falta em nós não é definitiva. Deus sempre vai usar o que tem em nós para suprir e multiplicar, não o que falta. Por isso, na passagem de Marcos 6:38, Ele perguntou quantos pães e peixes os discípulos já tinham, não quantos faltavam para alimentar a multidão.

 

Deus sempre potencializa o que já foi colocado dentro de nós. Quando somos gratos pelo que temos, Ele traz aquilo que falta. O que a viúva chamou de pouco, o Senhor chamou de começo. Quem olhasse para a terra naquela época, jamais encontraria potencial para existir nela uma criação tão complexa.

Você não é pedra, é chão!

Deus não formou o homem de pedras preciosas pois elas não possuem poder de produzir, elas por si só já são o produto final. Ele te formou do pó da terra pois a terra possui um potencial de produção. Ele não está preocupado com seu conforto em ser uma pedra linda e brilhante, Ele quer que você seja um solo fértil, algo que tenha em si o potencial de crescimento.

Quem te vê agora pode não imaginar o poder que você tem dentro de você através d’Ele para alcançar lugares altos. Potencial é uma energia não gasta. A matéria prima do milagre que você está esperando, pode estar dentro de você, esperando apenas para ser formada. Você tem um potencial, aprenda em Deus como colocá-lo para fora!

Fonte: https://bibliajfa.com.br



 

 

 ANIVERSARIANTES DO DIA!

A amiga e irmã Adriana Lima de Mipibu/RN

O amigo e irmão Thalles Witlans de Mipibu/RN

O amigo e irmão Mário Monte de Mipibu/RN

O blog Mipibu em Cristo parabeniza os nossos aniversariantes, desejando-lhes muitas felicidades nesta data especial.




terça-feira, 27 de setembro de 2022

 Temer a morte é pecado?

Eu já ouvi algumas pessoas falando que se você tem certeza da sua salvação, é errado temer a morte. É importante sabermos que o medo é um sentimento natural, ele aparece sempre que algo ameaça nosso presente ou futuro. O cuidado de nós mesmos para com a nossa vida, pode fazer despertar essa sensação.

Vivendo o agora

Recentemente perdemos um grande jornalista brasileiro, o famoso Jô Soares. Em uma das entrevistas que ele fez há alguns anos, ele falou a seguinte frase:

“Eu não tenho medo de morrer, eu tenho pena”.

A vida possui tantas possibilidades, somos tão acostumados a pensar no amanhã e programar até o ano que ainda nem começou. Nós somos feitos de “agoras”, mas esses “agoras” sempre levam ao amanhã, e imaginar esse ciclo terminando em algum momento, muitas vezes pode nos desesperar.

Criados para o “sempre”

“Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”

Eclesiastes 3:11

O ser humano foi criado por um Ser eterno. Nós fomos criados para a eternidade, ela mora em nosso coração. Aceitar algo que seja menos que isso, não está em nossa configuração. Olhar para um mundo tão grande e pensar que não teremos tempo terreno para ver tudo, nos faz esquecer da promessa da eternidade n’Ele.

Eu particularmente não vejo esse sentimento de querer viver um pouco mais aqui como sendo algo pecaminoso, o problema principal é quando temos mais medo de perder nossa vida física e os prazeres que nela podemos ter do que de perder nossa vida eterna e espiritual.

Vida espiritual vs. Vida física

Jesus disse em Mateus 16:25 – “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, acha-la-á.”

Jesus associa o “perder a vida” a não vivermos para os prazeres da vida terrena. Ao perdemos a vida finita, nesse sentido, e ao vivermos a vontade de Deus encontramos a vida espiritual e eterna em Jesus.

Deus criou o mundo com vastas possibilidades para que tivéssemos vida, mas vida em abundância. Isso quer dizer que qualquer coisa que seja contrária a uma vida com Deus, que nos traz benefícios para a eternidade, é morte.

Se Deus, como dito no texto de Eclesiastes, plantou eternidade em nosso coração, isso significa que tudo que vivemos na terra precisa também gerar frutos para a eternidade. E se não gera, torna-se apenas um prazer terreno para nós mesmos, o que leva a uma morte de espírito.

Infelizmente, podemos optar por viver nossa vida aqui na terra para os nossos prazeres, ou seja, ganhar a vida aqui na terra, pela perspectiva humana. Contudo, perdê-la espiritualmente. Mas muito melhor é morrer fisicamente do que perdermos nossa vida eterna e espiritual. O apóstolo Paulo chegou a afirmar que o morrer (físico) era lucro, pois ele desejava partir para estar com Cristo. Ao mesmo tempo, ele também encontrava satisfação em viver (fisicamente) para Cristo e poder gerar fé e alegria no coração de mais pessoas. Ou seja, o viver aqui na terra também nos gera alegria.

Filhos da ressurreição

“Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente…”

João 11:25,26

Jesus é a ressurreição. Ele foi a prova clara de que, quando estamos com Deus, a morte não é um ponto final, é o início da eternidade já colocada em nós.

Aproveite cada dia. Cada passo que você dá. Viva intensamente. Mostre para as pessoas como está tudo bem ter sentimento de saudade quando pensamos que um dia o momento terreno acabará, mas ao mesmo tempo mostre que se vivemos aqui focados em Deus, entendemos que nunca haverá realmente um fim e que a linha de chegada é o Eterno.

Fonte: https://bibliajfa.com.br/