segunda-feira, 5 de julho de 2021

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

CONHEÇA UM POUCO SOBRE O PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO


O pneumotórax espontâneo costuma ser um quadro frequente nos prontos-socorros; ele é caracterizado pela presença de ar na cavidade pleural (fina membrana, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica), não sendo associado a nenhum trauma. Quando existe ar nessa cavidade, pode ocorrer um colapso parcial ou total dos pulmões. 

O pneumotórax pode ser classificado como primário ou secundário. O primário ocorre sem causa aparente e em pessoas sem doença pulmonar. Geralmente é provocado por uma ruptura de uma área pequena debilitada do pulmão (bolha). Ocorre mais comumente em homens altos com menos de quarenta anos e em fumantes. 

A maior parte dos pacientes se recupera por completo. Já o secundário, acontece em pessoas que já apresentam alguma doença pulmonar. Ocorre com mais frequência com a ruptura de uma bolha em pessoas idosas com doenças pré-existentes. Pelo fato de já existir uma doença, os sintomas e suas complicações são piores que o tipo primário. 

Os sintomas variam de acordo com a quantidade de ar que entra no espaço pleural, de quanto o pulmão entra em colapso e também da função pulmonar de cada indivíduo. Esses sintomas podem estar ausentes mas também podem variar de uma pequena falta de ar, a uma dor torácica e uma grave dificuldade respiratória, choque e parada cardíaca com risco à vida. 

O diagnóstico pode ser dado por meio de um exame físico, caso o pneumotórax seja grande; e por uma radiografia de tórax, que mostra a bolsa de ar e a parte colapsada do pulmão. O pneumotórax espontâneo primário pequeno normalmente não requer nenhum tratamento; não causa problemas respiratórios graves e o ar é absorvido em poucos dias. 

Se for grande ao ponto de provocar dificuldade respiratória, pode-se remover o ar, aspirando-o com uma grande seringa acoplada a um cateter de plástico inserido no tórax. Caso a aspiração por cateter não funcione, pode ser usado um dreno torácico. Em alguns casos, é preciso recorrer a um procedimento cirúrgico.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino







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