quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Não desça da Cruz

O apelo do diabo é para que desçamos da cruz! Ele usa pessoas para nos “aconselhar” a fazer isso.

(Foto: Depositphotos)

Quando passamos a conhecer o cristianismo e a tomar ciência das palavras de Jesus, nos deparamos com um grande desafio colocado por Ele para nós. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mateus 16:24).

Seguir Jesus significa, além de enfrentar os embates da vida, assumir os percalços que virão – muitos até por conta do novo Caminho que começamos a trilhar. Embora muitos estejam pensando em atualizar a Bíblia, Jesus deixou claro aqui que os obstáculos e as dificuldades da vida e do mundo fazem parte e devem ser enfrentados por meio da Sua palavra e não adaptando-a ao nosso bel prazer. Aliás, Cruz não é prazer. Cruz é a consciência de morte, de sofrimento na companhia de quem a venceu!

Muitas vezes os argumentos lógicos e as justificativas que usamos diante das circunstâncias fazem com que a gente desça da Cruz. Ou seja, que a gente saia do propósito, que a gente tire os olhos daquilo que é a nossa meta, que é o nosso alvo que é o porto desejado.

Embora a cruz de Cristo seja um desafio, ela é também um lugar seguro. Precisamos entender essa controvérsia, precisamos saber que somos amados e eleitos de Deus (João 15). Em vez de pensar que somos fraquinhos e incapazes, devemos olhar para a Cruz e ver que nela temos o poder de Deus para destruir as fortalezas que nos confrontam.

Veja o que Paulo aprendeu com sua Cruz, que no caso dele era um “espinho na carne”:

“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” (2 Coríntios 12:7-10).

Seguir Jesus é, muitas vezes, ter de conviver com situações inquietantes, que não vão embora com oração. Mas é também, por causa delas, que podemos desfrutar do amor, da misericórdia e da graça de Deus. Sem elas não teríamos experiências grandiosas com este Deus vivo!

Paulo desejou ficar livre daquele tormento, se pudesse ele desceria de sua cruz, mas permaneceu e descansou nas palavras de Jesus. Então, digo a você: Não desça da cruz. Fique firme nela. Ande com ela. Sinta sua presença e poder. Tenha experiências com ela.

O apelo do diabo é para que desçamos da cruz! Ele usa pessoas para nos “aconselhar” a fazer isso:

Muitas que passaram diante da cruz de Cristo disseram: “Se és Filho de Deus, desce da cruz.” (Mateus 27:40)

Os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, falaram: “Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele.” (Mateus 27:41,42)

Mas a Cruz era o grande propósito. E Jesus permaneceu nela.

Mas meu conselho a você é: Fique na cruz. Não desça dela. A obediência nos leva a cumprir os propósitos do Pai. E é Ele quem nos ajuda a vencer toda dor, por meio de Sua Graça que nos basta.

Por Darci Lourenção, psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor” e “Viva sem compulsão”.

 FONTE: GUIAME, DARCI LOURENÇÃO



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