25 perguntas e respostas sobre o Pix
Essa é nossa seleção de dúvidas sobre
o Pix: como funciona, datas, chaves, como pagar e receber; veja o que sabemos
até agora
O Pix foi criado
pelo Banco Central, com a promessa de facilitar pagamentos e transferências
entre pessoas e empresas. A proposta foi apresentada em fevereiro de 2020 e
poderá ser usada em novembro do mesmo ano. Separamos uma lista de 20 perguntas
e respostas acerca do novo sistema de pagamentos que pode dar fim ao TED, DOC e
boletos bancários.
1. O que
é o Pix?
Já explicamos em mais detalhes
sobre o que é o Pix em outro artigo. Basicamente, o sistema de pagamentos
permitirá transferências a qualquer hora ou dia (mesmo durante a virada de Ano
Novo) para pessoas, empresas ou entidades governamentais. É como enviar uma
mensagem de texto, só que dinheiro.
Para isso, será preciso saber
apenas uma das chaves do recebedor, escanear o QR Code ou
usar o NFC para
pagamentos sem contato.
2. Quando
posso usar o Pix?
As chaves começaram a ser
cadastradas em de 5 de outubro de 2020. O meio de pagamento começou a funcionar
em 16 de novembro.
3. Quanto custa o Pix?
Para transferências digitais de
pessoa física e MEI, o Pix será gratuito. Poderá haver cobrança em caso de solicitações
de transferência efetuadas por atendimento presencial ou telefônico e em recebimentos por vendas.
Ainda que não seja possível identificar uma transação comercial, o Banco
Central definiu as seguintes regras para cobrança de pessoas físicas.
·
A tarifa poderá ser cobrada no recebimento de transações
realizadas por QR Code dinâmico;
·
A tarifa poderá ser cobrada no recebimento de mais de 30
transações mensais por conta.
Para pessoas jurídicas
(empresas), é de escolha do banco ou fintech cobrar pelo uso do Pix. Nos demais
casos, é vedada a cobrança
4. Pix é
um aplicativo?
Não, o Pix é um sistema que
será integrado aos demais aplicativos de pagamentos ou bancos.
5. O que são as chaves?
Chaves funcionam como apelidos
(dá para comparar como o nome de usuário em uma rede social) para facilitar a
transferência ou pagamento por meio do Pix. Ao invés de memorizar e digitar
código do banco, agência, número da conta e CPF/CNPJ, o pagador só precisa
informar uma chave de quem vai receber a ordem.
Essa chave pode ser:
·
E-mail;
·
Número de telefone;
·
CPF;
·
Sequência aleatória gerada pelo Banco Central.
Note que uma chave já vinculada
a uma conta bancária não poderá ser usada em outra instituição financeira.
Chaves também não são obrigatórias, os pagamentos podem ser feitos ao informar
os dados da conta do recebedor, no entanto o Banco Central diz que pode demorar
mais que ao usar as chaves.
6. O que
são chaves aleatórias (EVP)?
Chaves aleatórias ou EVP
(Endereço Virtual de Pagamento) serão um conjunto de números, letras e símbolos
que identificará a conta recebedora. Ao invés de informar para o pagador um
endereço de e-mail, telefone ou CPF, poderá passar essa chave para receber
pagamentos.
7. Como cadastrar uma EVP?
As chaves aleatórias são
geradas pelo Banco Central, quando o usuário solicita essa forma de
identificação. A opção é oferecida ao fazer o cadastro do Pix em algum
aplicativo de banco ou fintech, como alternativa ao cadastro do e-mail,
telefone ou CPF.
8. Tem diferença ao usar uma chave aleatória?
Não, a única dificuldade é
memorizar a sequência de caracteres gerada pelo Banco Central. Mas, o uso será
o mesmo que as demais chaves: telefone, CPF e e-mail — basta informá-la a um
pagador.
9. Posso
mudar minha chave para outro banco?
Sim. Haverá possibilidade de
fazer a portabilidade da chave. A alteração das chaves só funcionará das 8h às
20h, de qualquer dia. Diferente dos pagamentos, que podem ser feitos a qualquer
momento.
10. Se eu mudar de e-mail ou número de
celular?
Será preciso cadastrar esses
endereços como novas chaves e excluir as anteriores no gerenciador de chaves da
instituição financeira que usa.
11. Se alguém já estiver usando um e-mail meu
como chave?
É possível fazer a
reivindicação da chave, no aplicativo da instituição que deseja cadastrar,
desde que seja comprovada a titularidade daquele endereço. O mesmo vale para
outros tipos de chave (telefone e CPF).
12. Tem limite de chaves?
Para pessoas físicas, até cinco
chaves podem ser cadastradas em uma conta. Pessoas jurídicas podem ter até 20
chaves por conta.
13. Se eu não quiser informar meu e-mail ou
telefone?
Para isso há a sequência
aleatória como possibilidade de chave para o Pix. Será um conjunto de números,
letras e símbolos que identificará a conta recebedora. Pode-se ter mais
privacidade ao não entregar dados pessoais, por outro lado, é mais suscetível a
erros no momento do pagamento.
14. Como
são feitos os pagamentos?
Os bancos e fintechs precisam
implementar o Pix no próprio aplicativo, para habilitar o pagamento ou
transferência. Empresas com mais de 500 mil clientes são obrigados a adotar
esse sistema.
No aplicativo, bastará informar
uma das chaves do contato, informar o valor e completar a transferência.
Também será possível pagar por
QR Code (apontando a câmera do celular para leitura do código) ou por NFC, para
aparelhos que têm a tecnologia. Mas, claro, vai depender a implementação das
empresas.
15. O que é QR Code estático e dinâmico?
Há duas opções de QR Code para
pagamentos: o estático e o dinâmico. Mas, ambos têm a mesma função e
usabilidade para o pagador.
Um QR Code dinâmico é gerado a
cada transação, para um uso individual e específico — útil para uso entre
pessoas. Já o estático permite que o mesmo código seja utilizado em várias
outras operações, facilitando a operação.
O QR Code estático é ideal para
comerciantes e lojistas, pois permite a fixação de um preço ou a conta
recebedora, assim não é necessário gerar um novo código a cada nova venda.
16. Posso
pagar qualquer coisa?
Desde que o recebedor aceite o
Pix, sim.
17. Preciso ter conta em banco para pagar e
receber?
Não. O Pix vai funcionar também
com fintechs como o PicPay ou Mercado Pago,
as chamadas carteiras digitais. Dessa forma, quem tem conta em banco pode
enviar para alguém no PicPay ou vice-versa.
18. E se eu enviar um Pix para a pessoa
errada?
O pagador deverá conferir os
dados (valor e destinatário) antes de confirmar a operação. Depois que a
transação for efetivada, não poderá ser estornada ou cancelada. A solução é
negociar com o recebedor e pedir a devolução.
19. Posso cancelar um Pix?
Após a confirmação, não há como
cancelar ou solicitar estorno do valor. A menos que o recebedor aceite devolver
os valores.
20. É o fim do TED e DOC?
Não, mas com o Pix, TED e DOC
se tornam ainda mais obsoletos. Tanto pela demora e limitações na operação
quanto na usabilidade, em ter que inserir várias informações do recebedor.
21. Qual
a diferença do Pix para o TED ou DOC?
·
Não há restrição de horários para efetuar um Pix;
·
O dinheiro é transferido na hora, no caso de TED e DOC pode
levar um dia útil;
·
Pix não exige conta bancária, pode ser feito via carteiras
digitais;
·
Um endereço (chave) é suficiente para transferir no Pix, sem
precisar informar banco, agência, número da conta e documento do recebedor.
22. Tem saque?
A partir de 2021 será possível
fazer saques até mesmo em estabelecimentos comerciais, como uma loja de roupas.
O atendente gera um QR Code, o usuário faz o pagamento e retira o dinheiro em
espécie.
23. Posso usar em uma conta conjunta?
Somente o titular da conta pode
movimentar usando o Pix. Caso o cônjuge ou outro dependente queira movimentar a
conta com o Pix, será necessário torná-lo titular da conta.
24. Pix é seguro?
Sim. As informações são
protegidas pelo sigilo bancário, assim como as transferências via TED e DOC, e
pela Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD).
As transações também serão criptografadas.
25. Por
que eu deveria usar o Pix?
O Pix facilitará o pagamento
para quem recebe ou paga, por ser um meio de pagamento instantâneo, prático,
gratuito e obrigatório em todas instituições financeiras com mais de 500 mil
clientes.
Com informações: Banco Central.
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