segunda-feira, 8 de julho de 2019

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

COMO FUNCIONA A HEMODIÁLISE?


A hemodiálise consiste em um procedimento no qual uma máquina realiza a limpeza e a filtração do sangue, fazendo assim o trabalho que o rim (quando está doente) não consegue fazer. 

Esse procedimento expulsa do organismo os resíduos que prejudicam a saúde do paciente, como o excesso de líquidos e de sal; assim como faz um controle da pressão arterial, auxiliando a manter o equilíbrio corporal de algumas substâncias como ureia e creatinina, sódio e potássio. Geralmente as sessões de hemodiálise são realizadas nos hospitais ou em clínicas especializadas. 

O processo ocorre da seguinte maneira: o sangue do paciente é passado para a máquina por meio de um acesso vascular (cateter ou fístula arteriovenosa) e posteriormente é impulsionado por uma bomba até o dialisador (filtro de diálise); lá o sangue sofre uma exposição à uma solução chamada de dialisato, por meio de uma membrana semipermeável que remove o líquido e as toxinas excessivas, devolvendo em seguida o sangue limpo para o paciente por meio do acesso vascular. A fístula arteriovenosa (FAV) pode ser realizada com os próprios vasos sanguíneos do paciente, mas também com materiais sintéticos. É feita por um pequeno procedimento cirúrgico na perna ou no braço. 

É feita uma ligação entre uma artéria e uma veia, tornando a veia mais resistente para as punções feitas na hemodiálise. Essa cirurgia é feita pelo cirurgião vascular com anestesia local, sendo o período ideal para realizá-la de preferência dois a três meses antes de começar as sessões de hemodiálise. Já o cateter é um tubo inserido numa veia do pescoço, do tórax ou da região inguinal com anestesia local; é uma opção temporária para aqueles pacientes que não têm a fístula e precisam realizar a diálise. Alguns problemas associados ao uso do cateter podem ser infecção e obstrução, podendo provocar a retirada e a necessidade de um novo implante para continuar o tratamento. 

A hemodiálise é indicada para os pacientes que sofrem com insuficiência renal aguda ou crônica graves. A indicação é realizada pelo médico nefrologista que avaliará o funcionamento renal do paciente por meio de consulta médica e exame físico, investigação dos sintomas, dosagens de ácidos no sangue, ureia, creatinina, sódio e potássio, quantidade de urina produzida em 24 horas, avaliação de anemia, cálculo de porcentagem do funcionamento renal e presença de doença óssea. Por meio da consulta já é possível dar início ao tratamento com medicações que podem controlar os sintomas, estabilizando assim a doença. 

O tempo e a frequência da hemodiálise podem variar de acordo com o estado de saúde do paciente, entretanto no geral, dura em média quatro horas, sendo feita três ou quatro vezes por semana. Para ter um controle do tratamento, o médico faz avaliações mensais dos exames laboratoriais do paciente. 

Na maioria das sessões o paciente não sente nada, contudo podem ocorrer queda na pressão arterial, dor de cabeça e até mesmo câimbras, dessa forma as sessões sempre são realizadas na presença de um médico e de uma equipe de enfermagem. Esses sintomas aparecem, de maneira geral, quando o paciente tem muito líquido para ser removido do corpo.
 
Por fim, a hemodiálise funciona como um rim artificial para promover o bem-estar e o controle das funções orgânicas do paciente. 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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