DICA DE SAÚDE DA SEMANA
COMO FUNCIONA A HEMODIÁLISE?
A
hemodiálise consiste em um procedimento no qual uma máquina realiza a
limpeza e a filtração do sangue, fazendo assim o trabalho que o rim
(quando está doente) não consegue fazer.
Esse procedimento expulsa do
organismo os resíduos que prejudicam a saúde do paciente, como o excesso
de líquidos e de sal; assim como faz um controle da pressão arterial,
auxiliando a manter o equilíbrio corporal de algumas substâncias como
ureia e creatinina, sódio e potássio. Geralmente as sessões de
hemodiálise são realizadas nos hospitais ou em clínicas especializadas.
O
processo ocorre da seguinte maneira: o sangue do paciente é passado
para a máquina por meio de um acesso vascular (cateter ou fístula
arteriovenosa) e posteriormente é impulsionado por uma bomba até o
dialisador (filtro de diálise); lá o sangue sofre uma exposição à uma
solução chamada de dialisato, por meio de uma membrana semipermeável que
remove o líquido e as toxinas excessivas, devolvendo em seguida o
sangue limpo para o paciente por meio do acesso vascular. A fístula
arteriovenosa (FAV) pode ser realizada com os próprios vasos sanguíneos
do paciente, mas também com materiais sintéticos. É feita por um pequeno
procedimento cirúrgico na perna ou no braço.
É feita uma ligação entre
uma artéria e uma veia, tornando a veia mais resistente para as punções
feitas na hemodiálise. Essa cirurgia é feita pelo cirurgião vascular com
anestesia local, sendo o período ideal para realizá-la de preferência
dois a três meses antes de começar as sessões de hemodiálise. Já o
cateter é um tubo inserido numa veia do pescoço, do tórax ou da região
inguinal com anestesia local; é uma opção temporária para aqueles
pacientes que não têm a fístula e precisam realizar a diálise. Alguns
problemas associados ao uso do cateter podem ser infecção e obstrução,
podendo provocar a retirada e a necessidade de um novo implante para
continuar o tratamento.
A
hemodiálise é indicada para os pacientes que sofrem com insuficiência
renal aguda ou crônica graves. A indicação é realizada pelo médico
nefrologista que avaliará o funcionamento renal do paciente por meio de
consulta médica e exame físico, investigação dos sintomas, dosagens de
ácidos no sangue, ureia, creatinina, sódio e potássio, quantidade de
urina produzida em 24 horas, avaliação de anemia, cálculo de porcentagem
do funcionamento renal e presença de doença óssea. Por meio da consulta
já é possível dar início ao tratamento com medicações que podem
controlar os sintomas, estabilizando assim a doença.
O
tempo e a frequência da hemodiálise podem variar de acordo com o estado
de saúde do paciente, entretanto no geral, dura em média quatro horas,
sendo feita três ou quatro vezes por semana. Para ter um controle do
tratamento, o médico faz avaliações mensais dos exames laboratoriais do
paciente.
Na maioria das sessões o paciente não sente nada, contudo
podem ocorrer queda na pressão arterial, dor de cabeça e até mesmo
câimbras, dessa forma as sessões sempre são realizadas na presença de um
médico e de uma equipe de enfermagem. Esses sintomas aparecem, de
maneira geral, quando o paciente tem muito líquido para ser removido do
corpo.
Por
fim, a hemodiálise funciona como um rim artificial para promover o
bem-estar e o controle das funções orgânicas do paciente.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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