DICA DE SAÚDE DA SEMANA
SOPRO CARDÍACO
O
sopro cardíaco consiste em um ruído da região peitoral que pode ser
auscultado (ouvido) durante a realização de um exame físico de um
paciente. Resulta da passagem do sangue por um orifício menor que o
esperado (quando uma válvula cardíaca apresenta estenose - orifício
estreito, ou não tem um fechamento adequado, permitindo que o sangue
retorne através de um pequeno orifício). Isso resulta em um som parecido
com um sopro, daí o nome. Portanto, o sopro cardíaco não é uma doença,
entretanto é considerado um indicativo de algum problema cardíaco.
Ele
pode ser um problema congênito (quando o indivíduo já nasce com ele) ou
pode surgir com o passar do tempo, devido a uma degeneração de alguma
válvula cardíaca. Em alguns casos, o sopro pode ser considerado normal;
isso ocorre quando o sangue flui de forma rápida através do coração,
como durante a gestação, em
atividades físicas, febre, quantidade excessiva do hormônio
tireoidiano no corpo (hipertireoidismo), em casos de anemia (ausência de
hemácias saudáveis para realizar o transporte de oxigênio para os
tecidos corporais) e mudanças estruturais cardíacas, como cirurgias.
Sopros cardíacos considerados normais podem desaparecer com o passar do
tempo, como também podem durar por toda a vida, sem provocar prejuízos à
saúde.
A
maior causa dos sopros cardíacos anormais é quando o bebê já nasce com
alguma cardiopatia congênita. Além disso, também são causas desse
problema: infecções ou condições que afetam a estrutura cardíaca, como
endocardite, prolapso da válvula mitral, febre reumática e calcificação
da válvula.
São
considerados fatores de risco para a ocorrência do sopro: hipertensão
arterial, infarto anterior, uso de alguns medicamentos, álcool ou drogas
durante a gestação, doenças durante o período gestacional, histórico
familiar de cardiopatias, radioterapia próximo à região peitoral, assim
como cardiomiopatia (músculo do coração enfraquecido). Para quem
apresenta um sopro inofensivo, pode nem haver sintomas, contudo, um
sopro anormal pode provocar sintomas que podem indicar problemas
cardíacos, como: falta de ar, cianose (coloração azulada da pele,
principalmente nas pontas dos dedos e nos lábios), tosse crônica, falta
de apetite, fígado inchado, ganho de peso ou inchaço repentino, dores no
peito, tonturas, desmaios, veias do pescoço aumentadas, problemas de
crescimento (no caso das crianças) e transpiração excessiva sem esforço
físico ou com um mínimo de esforço.
A
maioria dos casos de sopro é identificada durante uma consulta médica
regular, pois com o estetoscópio, o médico é capaz de auscultar os
batimentos cardíacos, assim como sons extras, como os sopros. Caso ele
ache necessário, pode solicitar testes adicionais, como uma radiografia
torácica, um ecocardiograma, um eletrocardiograma ou até mesmo um
cateterismo cardíaco.
Geralmente
o sopro não requer tratamento, mesmo em casos de sopros anormais.
Entretanto, há casos em que há necessidade de intervenções. Isso
dependerá do que está causando o sopro. Quem indicará o tratamento
adequado para cada caso é o médico (cardiologista), que poderá
prescrever alguns medicamentos, ou solicitar alguma cirurgia ou
cateterismo.
Não
há nada que possa ser feito para prevenir o aparecimento de um sopro
cardíaco; mas é de suma importância cuidar da saúde do coração com um
estilo de vida saudável, praticando exercícios físicos regulares,
mantendo uma alimentação saudável e equilibrada, evitando o tabagismo e a
ingestão de bebidas alcoólicas de forma exacerbada e controlando a
pressão arterial e os níveis de colesterol no sangue.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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