segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Esgotamento no trabalho pode causar síndrome do pânico e depressão 



Apresentador pediu afastamento e admitiu que sofria de depressão
A depressão foi assunto muito comentado esta semana, após o jornalista Ricardo Boechat ficar afastado por 15 dias do trabalho para se tratar. De acordo com pesquisa divulgada pela Eurofarma, em parceria com o Instituto Datafolha, existe ainda muito preconceito sobre a doença, e 67% dos pacientes afirmam que se esforçam para esconder o problema.
De acordo com Patrícia Bader, psicóloga do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, falta de ar, taquicardia e aperto no peito nem sempre são sinais de problemas cardiovasculares ou mal estar inesperado. Se associados a sensações de angústia, ansiedade e tristeza, sem motivo aparente, esses sintomas podem caracterizar quadros de depressão, ansiedade, síndrome do pânico e outras doenças mentais e comportamentais que merecem atenção.
— Hoje, os transtornos mentais e comportamentais mais comuns estão associados a quadros psicossomáticos, ou seja, quando há manifestação física sem uma causa médica reconhecida. Nesses casos, além do diagnóstico psicológico, o paciente pode desenvolver uma alergia desconhecida, ter falta de ar, dor de cabeça, entre outros sintomas. 
As doenças psíquicas são consideradas a quarta maior causa de afastamento do trabalho, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social.
Entre os transtornos mais comuns nos dias de hoje estão a depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, síndrome do pânico e síndrome de burnout.
— Embora sejam doenças diferentes, grande parte de seus sintomas são parecidos ou até mesmo iguais. Em alguns casos é possível ter mais de um transtorno ao mesmo tempo.
Primeiro passo para tratamento
De acordo com a pesquisa, 37% dos pacientes apresentam resistência em procurar ajuda médica. Patrícia explica que identificar os sintomas e procurar um especialista é o primeiro passo do tratamento.
— Se os sintomas forem recorrentes e afetarem o bem-estar e andamento da rotina, o que geralmente acontece, é recomendável procurar ajuda o quanto antes.
Conheça e saiba diferenciar as doenças:
Síndrome do Pânico: é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça sem um motivo aparente. É mais comum em mulheres.
— Sintomas: durante as crises, com duração de até 30 minutos, é comum sentir falta de ar, taquicardia, angústia, aperto no peito, sudorese, tontura, dor de cabeça e mal estar generalizado (similar à labirintite).
Síndrome de Burnout: é uma variação do transtorno de ansiedade e do pânico, porém está diretamente associada a situações de estresse nas relações trabalho. É uma doença mais comum em carreiras nas quais há contato direto com pessoas, como professores, por exemplo, além de trabalhos que proporcionam situações de pressão, como profissionais de banco e atendentes de telemarketing.
— Sintomas: são iguais aos da síndrome do Pânico (falta de ar, taquicardia, angústia, aperto no peito, sudorese, tontura, dor de cabeça e mal estar generalizado), a diferença está no motivo que a desencadeia, no caso da Síndrome de Burnout é o trabalho.
Estresse pós-traumático: doença desencadeada por situações traumáticas como um assalto, situações de violência em geral, tragédias naturais e acidentes.
— Sintomas: são similares aos da síndrome do pânico, porém as crises estão associadas à situação traumática vivida pelo paciente ou familiar, seja por lembrar-se do ocorrido ou contato com situações similares. Além disso, é possível também que o paciente tenha sonhos frequentes com o trauma e perca a qualidade do sono.

Fonte: http://noticias.r7.com/

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