segunda-feira, 11 de novembro de 2024

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A ASMA
A asma é uma doença de inflamação crônica das vias aéreas, na qual os brônquios ficam sensíveis e inflamados, reagindo assim, ao menor sinal de irritação. A asma é uma doença bastante recorrente que, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), acomete cerca de 235 milhões de pessoas no mundo.

No Brasil, cerca de 10% da população é atingida por esse problema. A causa dessa doença varia de pessoa para pessoa, pois cada indivíduo apresenta sensibilidade e gatilhos diferentes. Portanto, é imprescindível entender quais os fatores que provocam os ataques, para que possam ser evitados. Os gatilhos de ataque mais comuns são:

- ALIMENTAÇÃO: Existem alimentos que estão associados aos sintomas alérgicos, como amendoim, soja, ovos, peixe, trigo, leite de vaca, camarão, crustáceos, dentre outros;

- SUBSTÂNCIAS: Algumas substâncias transportadas pelo ar, como poeira, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça, poluição e ácaros, também podem causar crises, assim como substâncias químicas (tintas e produtos de limpeza);

- EXERCÍCIOS FÍSICOS: Muitos indivíduos sofrem uma crise asmática ao praticar uma atividade física, pelo esforço; inclusive alguns atletas podem apresentar a doença. Com a asma provocada pelo exercício físico, há o estreitamento das vias aéreas em um pico de 5 a 20 minutos, após o início do exercício, dificultando assim, a retomada do fôlego;

- MUDANÇA DE TEMPERATURA: Choques térmicos são bastante agressivos para quem tem as vias aéreas sensíveis. A mudança climática pode provocar a liberação de substâncias alergênicas, desencadeando a crise;

- MEDICAMENTOS: Alguns anti-inflamatórios (AAS, diclofenaco, ibuprofeno) podem provocar crises, pois inibem uma via de inflamação, sobrecarregando outra;

- ASMA OCUPACIONAL: Esse tipo de asma é provocada por gatilhos no ambiente de trabalho. Trabalhadores de usinas ou expostos à agentes químicos, agrotóxicos ou tinturas, podem apresentar a asma.

Dentre os fatores de risco para desenvolver essa doença estão: histórico pessoal de alergias, histórico familiar, obesidade, refluxo gastroesofágico e baixo peso ao nascer. Muitas pessoas que sofrem com asma ficam longos períodos sem apresentar sintomas, enquanto outras apresentam dificuldade respiratória de forma crônica, tendo alguns picos de gravidade em determinados períodos. 

Esses ataques podem durar de minutos a dias, tornando-se perigosos caso o fluxo de ar fique muito restrito. Alguns sintomas da asma são: deficiência respiratória, que normalmente piora com atividades; tosse seca ou com presença de muco; retrações intercostais (repuxar a pele entre as costelas durante a respiração). A asma é classificada em 4 categorias:

Grau 1: sintomas leves que aparecem até dois dias por semana e até duas noites por mês;
Grau 2: Os sintomas são mais persistentes, porém são leves e aparecem mais que duas vezes na semana, entretanto não aparecem mais que uma vez ao dia;
Grau 3: os sintomas apresentam-se de forma persistente e moderada, uma vez por dia, além de aparecer mais de uma noite por semana;
Grau 4: os sintomas são persistentes e graves ao longo do dia, na maioria dos dias e frequentemente à noite.

O médico leva em consideração a análise clínica, assim como os resultados dos exames para classificar a gravidade de cada paciente.

A prevenção e o controle são imprescindíveis para impedir os ataques. Os medicamentos de uso contínuo minimizam a inflamação, assim como a sensibilidade dos brônquios, fazendo com que os pulmões  reajam com menor intensidade aos agentes irritantes.

Enquanto os broncodilatadores revertem o quadro de contração brônquica, as medicações de uso contínuo evitam que as reações ocorram. Apenas o médico pode dizer o medicamento mais adequado para cada caso, sua dosagem e duração do tratamento. É de extrema importância seguir as orientações médicas e jamais de automedicar.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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