Maioria acredita que pandemia é ‘sinal de Deus’ para que a humanidade mude, diz pesquisa
Pesquisa nos EUA mostra que a maioria das pessoas que acreditam em Deus enxergam a pandemia de coronavírus como um sinal divino para a mudança.
Fiéis participam de culto no estacionamento da Xtreme Harvest Church no Texas, EUA. (Foto: AP/Eric Gay)
Mais de 60% dos americanos que seguem alguma religião acreditam que a pandemia do novo coronavírus é um sinal de Deus para a humanidade mudar sua forma de viver, de acordo com uma nova pesquisa.
O estudo foi realizado entre 30 de abril e 4 de maio pela Divinity School, a escola de teologia da Universidade de Chicago Divinity School em parceria com a Associated Press-NORC Center para pesquisas de assuntos públicos.
Os evangélicos (43%) são os mais propensos a acreditar que a pandemia é um sinal de Deus, em comparação com 28% dos católicos e protestantes da linha histórica.
O vírus provocou ainda uma pequena mudança na crença dos americanos em Deus — 2% dizem que acreditam em Deus hoje, mas não antes. Menos de 1% diz que não acreditam em Deus hoje, mas acreditavam antes.
Assim como no Brasil, a maioria das igrejas interrompeu os cultos presenciais e passou a fazer cultos online ou reuniões no estilo drive-in. Cerca de 51% acham que os cultos presenciais devem voltar seguindo medidas de segurança, enquanto 9% acham que os cultos devem ser permitidos sem restrições. O apoio para os cultos drive-thru é de 87%.
No geral, 82% dos americanos dizem acreditar em Deus e 26% dizem que sua fé se fortaleceu como resultado do surto. Apenas 1% diz que sua fé está enfraquecida.
Kathryn Lofton, professora de estudos religiosos na Universidade de Yale, interpretou o alto número de americanos que percebem o vírus como uma mensagem divina de mudança como “medo de que, se não mudarmos, essa miséria irá continuar”.
55% dos religiosos americanos sentem que Deus irá protegê-los de serem infectados; sendo os evangélicos sua maioria. No entanto, o entendimento da proteção de Deus pode mudar de pessoa para pessoa.
Marcia Howl, 73 anos, metodista e neta de um pastor, disse que sente a proteção de Deus, mas não a certeza de que está imune ao vírus.
“Acredito que Ele me protegeu, que Ele tem um plano para nós”, disse Howl, de Portales, Novo México. “Não sei o que está em Seu plano, mas acredito que a presença Dele está aqui cuidando de mim. Se eu vou sobreviver ou não, essa é uma outra história”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS
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