DICA DE SAÚDE DA SEMANA
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM TROMBOCITOPENIA?
As
plaquetas ou trombócitos são células que têm um papel muito importante
na coagulação sanguínea. A trombocitopenia consiste em qualquer condição
de saúde que esteja relacionada a uma queda do número das plaquetas na
corrente sanguínea. Na maioria das vezes esse distúrbio vem acompanhado
de problemas de saúde mais agravantes como a AIDS e a leucemia, contudo
há casos que está vinculado a um efeito colateral provocado por
medicamentos.
Normalmente, uma pessoa saudável tem em média, de 150 a
450 mil plaquetas por microlitro de sangue; essas plaquetas apresentam
um tempo de vida curto, de aproximadamente 10 dias e o organismo renova
sua produção das células sanguíneas por meio da medula óssea; entretanto
algumas condições podem interromper esse processo, como: diminuição da
produção das plaquetas devido à uma condição de saúde que afeta a medula
óssea, como alguns tipos de anemia e a leucemia, infecção pelo HIV,
assim como medicamentos, produtos químicos e o abuso de bebidas
alcoólicas. O aumento do baço que pode ser causado por diversas razões,
também pode afetar o processo, pois nele há uma grande quantidade de
plaquetas acumuladas que não circulam na corrente sanguínea.
Além
dessas, outras causas podem fazer com que o organismo utilize ou destrua
as plaquetas mais rápido do que elas são produzidas: infecções
bacterianas no sangue, doenças autoimunes (artrite reumatoide e lúpus),
gravidez, púrpura trombocitopênica idiopática (doença autoimune que
ataca as plaquetas pois as confundem com agentes invasores, como vírus),
púrpura trombocitopênica trombótica (o organismo sintetiza pequenos
coágulos sanguíneos sem necessidade, minimizando a quantidade de
plaquetas no sangue), assim como a Síndrome hemolítico-urêmica (doença
bem rara que causa a destruição das plaquetas e reduz o número de
hemácias, comprometendo assim, o funcionamento renal).
Os
sintomas mais comuns da trombocitopenia geralmente são: sangramento
abundante durante um procedimento cirúrgico, presença de sangue nas
fezes e/ou na urina, fluxo menstrual constante e anormal, sangramento
prolongado de cortes ou lesões na pele, sangramento espontâneo das
gengivas ou do nariz, sangramento superficial na pele que surge como uma
erupção de pequenas manchas vermelhas e contusões excessivas e
recorrentes. O diagnóstico pode ser dado por meio de um exame de sangue
em que é realizada a contagem de plaquetas.
Se o número for menor que
150 mil, o paciente já tem o diagnóstico de trombocitopenia. O exame
físico pode ser feito no consultório médico, o qual são procurados
sinais de sangramento no corpo (hematomas), além de uma avaliação
abdominal para checar o tamanho do baço. Alguns casos de trombocitopenia
não necessitam de tratamento; nos casos mais leves o organismo resolve
por conta própria, como no caso da gestação que o problema tende a
melhorar logo após o parto. Contudo nos casos mais graves pode ser
necessário o tratamento como terapias específicas para a púrpura
trombocitopênica idiopática e transfusões de sangue.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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