segunda-feira, 23 de setembro de 2019

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM TROMBOCITOPENIA?


As plaquetas ou trombócitos são células que têm um papel muito importante na coagulação sanguínea. A trombocitopenia consiste em qualquer condição de saúde que esteja relacionada a uma queda do número das plaquetas na corrente sanguínea. Na maioria das vezes esse distúrbio vem acompanhado de problemas de saúde mais agravantes como a AIDS e a leucemia, contudo há casos que está vinculado a um efeito colateral provocado por medicamentos. 

Normalmente, uma pessoa saudável tem em média, de 150 a 450 mil plaquetas por microlitro de sangue; essas plaquetas apresentam um tempo de vida curto, de aproximadamente 10 dias e o organismo renova sua produção das células sanguíneas por meio da medula óssea; entretanto algumas condições podem interromper esse processo, como: diminuição da produção das plaquetas devido à uma condição de saúde que afeta a medula óssea, como alguns tipos de anemia e a leucemia, infecção pelo HIV, assim como medicamentos, produtos químicos e o abuso de bebidas alcoólicas. O aumento do baço que pode ser causado por diversas razões, também pode afetar o processo, pois nele há uma grande quantidade de plaquetas acumuladas que não circulam na corrente sanguínea. 

Além dessas, outras causas podem fazer com que o organismo utilize ou destrua as plaquetas mais rápido do que elas são produzidas: infecções bacterianas no sangue, doenças autoimunes (artrite reumatoide e lúpus), gravidez, púrpura trombocitopênica idiopática (doença autoimune que ataca as plaquetas pois as confundem com agentes invasores, como vírus), púrpura trombocitopênica trombótica (o organismo sintetiza pequenos coágulos sanguíneos sem necessidade, minimizando a quantidade de plaquetas no sangue), assim como a Síndrome hemolítico-urêmica (doença bem rara que causa a destruição das plaquetas e reduz o número de hemácias, comprometendo assim, o funcionamento renal). 

Os sintomas mais comuns da trombocitopenia geralmente são: sangramento abundante durante um procedimento cirúrgico, presença de sangue nas fezes e/ou na urina, fluxo menstrual constante e anormal, sangramento prolongado de cortes ou lesões na pele, sangramento espontâneo das gengivas ou do nariz, sangramento superficial na pele que surge como uma erupção de pequenas manchas vermelhas e contusões excessivas e recorrentes. O diagnóstico pode ser dado por meio de um exame de sangue em que é realizada a contagem de plaquetas. 

Se o número for menor que 150 mil, o paciente já tem o diagnóstico de trombocitopenia. O exame físico pode ser feito no consultório médico, o qual são procurados sinais de sangramento no corpo (hematomas), além de uma avaliação abdominal para checar o tamanho do baço. Alguns casos de trombocitopenia não necessitam de tratamento; nos casos mais leves o organismo resolve por conta própria, como no caso da gestação que o problema tende a melhorar logo após o parto. Contudo nos casos mais graves pode ser necessário o tratamento como terapias específicas para a púrpura trombocitopênica idiopática e transfusões de sangue.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino




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