segunda-feira, 11 de março de 2019

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?


O corpo humano é composto por um trilhão de células e algumas delas têm funções específicas, como as células do sistema nervoso (neurônios) que são bem diferentes e atuam de forma distinta das células musculares. Sendo assim, as células que apresentam funções específicas também são chamadas de células diferenciadas. 

As células-tronco não apresentam uma função específica definida, podendo se transformar em outro tipo de célula, elas têm capacidade de auto-renovação, dando assim origem a outras células iguais a ela. As células-tronco têm capacidade de se tornarem células especializadas do corpo se estimuladas de maneira adequada. É exatamente esse potencial que é utilizado para a criação de diversos tipos de tratamento para doenças.

Dessa forma, desempenham um papel muito importante na reposição celular e regeneração tecidual. A célula-tronco apresenta duas características específicas: divisão contínua e capacidade de diferenciação e se classificam de acordo com seu potencial. São elas, três tipos: totipotentes (células originais do embrião que tanto podem se transformar em outras células do corpo como podem formar tecidos extra-embrionários como a placenta. 

São elas que originam o embrião no começo da gestação); pluripotentes (têm a capacidade de se tornar qualquer tecido do corpo, entretanto não conseguem formar estruturas embrionárias. Estão presentes apenas no embrião nas primeiras fases de formação) e multipotentes (células adultas que não tem mais o potencial de se transformar em qualquer tipo de célula, mesmo assim conseguem se destacar entre as células diferenciadas. 

Estão presentes em vários tecidos do corpo). Essas multipotentes ainda se dividem em dois tipos: mesenquimais (se diferenciam em células de tecidos sólidos, como gordura, osso, músculo e cartilagem) e hematopoiéticas (presentes no sangue e na medula óssea e se diferenciam apenas em células sanguíneas). As células-tronco atualmente são utilizadas em terapias celulares. As células-tronco embrionárias podem ser retiradas de embriões descartados nos processos de fertilização in vitro. As multipotentes podem ser extraídas de vários tecidos do corpo. 

As mesenquimais são retiradas do dente de leite, do tecido adiposo e da parede do cordão umbilical, enquanto as hematopoiéticas são retiradas da medula óssea ou do sangue do cordão umbilical. O armazenamento dessas células é realizado por meio do congelamento. São coletadas de sua região de origem e levadas ao laboratório em um meio próprio de cultura, impedindo assim a contaminação. 

No laboratório são separadas, multiplicadas e armazenadas em tanques com nitrogênio à -196°C. O primeiro registro do uso de células-tronco no Brasil foi em 2010 para curar lesões de uma fêmea de lobo-guará que foi atropelada por um caminhão. O tratamento durou quatro meses (metade do tempo previsto para a recuperação). 

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino



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