segunda-feira, 12 de junho de 2017

DICA DE SAÚDE DA SEMANA

ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM)


Essa doença atinge o cérebro, a medula espinal e os nervos ópticos. 
É considerada autoimune, pois o próprio sistema imunológico ataca células saudáveis pois as confunde com "intrusas", gerando lesões. O sistema imunológico do paciente destrói a bainha de mielina (camada protetora que recobre os nervos). Os danos causados levam à interferência na comunicação entre o cérebro, a medula espinal e outras regiões do sistema nervoso central; isso resulta na degeneração irreversível dos nervos. Com o passar do tempo, esse desgaste provoca lesões cerebrais, levando à atrofia ou à perda de massa cerebral. Estudos mostram que pacientes que sofrem de esclerose múltipla apresentam uma perda de volume cerebral até 5 vezes mais rápida que o normal.

Dependendo da quantidade de danos e dos nervos afetados, os sintomas variam. Essa doença é debilitante, portanto os portadores de casos mais agravantes perdem a capacidade de andar ou até mesmo de falar de forma clara. Nos estágios iniciais pode ser de difícil diagnóstico, pois os sintomas aparecem em intervalos, podendo o paciente, passar meses ou até anos sem apresentar nenhum sinal da doença. A esclerose atinge aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. É incurável, porém existem tratamentos que auxiliam no controle dos sintomas e reduzem as chances de progressão da doença.

Os fatores que levam à EM ainda não são conhecidos completamente, entretanto estudos mostram que a genética, o ambiente que em se vive, até mesmo um vírus podem levar ao desenvolvimento da doença. Parentes de pessoas com EM apresentam um risco maior de desenvolver a doença. Irmãos têm risco de 2% a 5% maior. Os sintomas geralmente surgem entre os 20 e os 40 anos de idade e variam de paciente para paciente. Alguns deles podem ser: dores crônicas, fadiga, perda de força, formigamentos, visão turva, espasmos musculares, falta de equilíbrio, incontinência urinária, depressão, problemas sexuais e até mesmo dificuldades cognitivas.

O diagnóstico deve ser feito com o auxílio de exames complementares, aliados ao quadro clínico do paciente. O tratamento para a EM se dá pelo controle dos sintomas e redução da progressão da doença. Atualmente existem várias opções de tratamento através de cápsulas orais diárias ou injeções diárias, semanais ou mensais. Não há como prevenir a esclerose múltipla, entretanto com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, é possível viver sem grandes complicações. É sempre importante ir à consultas médicas regulares para tratar o quanto antes qualquer problema que apareça.

Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino




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