DICA DE SAÚDE DA SEMANA
FIQUE ATENTO AO NÓDULO TIREOIDIANO
A tireoide é uma glândula que se
localiza no pescoço com a função de sintetizar os hormônios T3 e T4, imprescindíveis
à nossa vida, pois participam da regulação do funcionamento de muitos órgãos do
nosso corpo, principalmente o coração e o cérebro. Existem doenças da tireoide
conhecidas pela alteração na produção desses hormônios: o hipertireoidismo (produção
excessiva) e o hipotireoidismo (produção deficiente). Além disso, pode ocorrer
alteração na estrutura dessa glândula com a formação de nódulos.
Dentro da tireoide podem aparecer
nódulos (caroços), isolados ou múltiplos. Isso ocorre frequentemente, principalmente
nas mulheres. Estudos recentes mostram que estão presentes em quase 50% das
mulheres que tem mais de 50 anos de idade. Normalmente são benignos, bastando
um acompanhamento clínico. Os nódulos maiores devem ser investigados com mais
detalhes e atenção. Alguns pacientes têm um risco maior para malignidade. É
importante ficarmos atentos à algumas características que podem necessitar de
um maior cuidado pelo médico: presença de nódulo em homens; em pessoas com
menos de 18 anos e com mais de 70; pessoas com história familiar de câncer de
tireoide; com história de radioterapia prévia na região do pescoço; nódulo com
crescimento acelerado; sintomas de compressão no esôfago e na traqueia, como
falta de ar, dificuldade de engolir os alimentos e/ou rouquidão.
Uma forma de diagnosticar um nódulo de
maior tamanho, na tireoide, é através do exame físico, feito pelo médico, que
faz a palpação dessa glândula. Outra forma, é através da ultrassonografia da
tireoide; ela consegue diagnosticar até mesmo os nódulos menores que não são
palpados no exame físico. Descobrindo-se um nódulo, o paciente deve ser
encaminhado para um especialista que pode ser um endocrinologista ou um
cirurgião de cabeça e pescoço, a fim de que esse nódulo seja investigado e
tratado.
É importante ressaltar que, além da
avaliação de nódulos, a dosagem dos hormônios tireoidianos seja feita, através
do exame de sangue, pois essa dosagem avalia a função da glândula. A indicação
para realizar biópsia de um nódulo, vai depender do tamanho e das características.
Quando é preciso, essa biópsia é feita por uma punção, onde há a coleta de
material do nódulo, através de uma agulha. Esse exame é chamado de PAAF (punção
aspirativa com agulha fina).
Como falado anteriormente, nódulos
menores, com características benignas, necessitam de um acompanhamento clínico,
sem precisar de tratamento cirúrgico. Porém, nódulos maiores com
características suspeitas ou com o PAAF alterado, podem precisar de cirurgia. O
procedimento cirúrgico pode ser parcial, onde de retira apenas um lobo da tireoide,
ou pode ser mais extenso, onde há a retirada de toda a glândula.
Em casos de sintomas, procure auxílio
médico para investigar melhor e tratar precocemente qualquer distúrbio dessa
glândula.
Enfermeira Rebeca Revorêdo Sinedino
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